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Rivaldo diz que merece o que ganha
Sexta-feira, 29 Dezembro de 2000, 00h28

Rio - O ano de 2000 foi mais do que especial para Rivaldo. Mesmo sem ter conquistado títulos pelo Barcelona, o brasileiro qualifica como ótimo o seu desempenho e tudo o que lhe aconteceu na temporada. Para começar, o prêmio de melhor do mundo concedido pela Fifa, em janeiro. Porém, o primeiro semestre foi dos mais complicados. Teve uma briga com o então técnico do Barcelona Louis Van Gaal; também recebeu críticas por suas atuações e a ameaça de ser negociado.

Depois, veio a volta por cima, no começo da temporada 2000/2001. O treinador do Barcelona passou a ser um amigo, Serra Ferrer. Em campo, Rivaldo voltou a apresentar ótimo futebol e fez muitos gols. Somente na Liga Espanhola foram dez, mesmo não tendo atuado em quatro dos 16 jogos.E se reconciliou com o desafeto Roberto Carlos.

De ruim, ele cita a eliminação do Barcelona da Liga dos Campeões, o que deixou o time em débito com a torcida. Rivaldo fez um balanço de tudo isso para o LANCE! e falou sobre o que espera para a temporada de 2001/2002.

Foi um bom ano para você?

Foi ótimo. Apenas não fui campeão com o Barcelona e me decepcionei, assim como os torcedores, com a eliminação da Liga dos Campeões. Apesar disso, e mesmo com os problemas da Seleção Brasileira, acho que me saí muito bem.

Até pela Seleção? Você foi muito criticado.

É natural que me critiquem porque jogo fora do país. Quando chego ao Brasil, a cobrança sempre é maior. Isso é cultural e nunca vai mudar. Os torcedores sempre pensam que, porque estamos na Europa, vamos jogar pela Seleção sem vontade. É mentira. É preciso muito amor pelo Brasil para ter de sair da Espanha num domingo à noite, chegar segunda-feira de manhã, não se adaptar ao fuso, jogar na quarta-feira e voltar. Mas o torcedor não tem culpa ao criticar. Ele apenas reflete o que lê e o que ouve.

Então a culpa é da imprensa?

Não, mas de como somos cobrados. Na Argentina eles não são cobrados assim. O importante é ganhar de 1 a 0 e conseguir a classificação. Na minha opinião, a crítica somente é válida quando temos 15, 20 dias de preparação para uma competição. Da forma que joga a Seleção Brasileira hoje, com o tempo apertado, podemos garantir apenas que estaremos na Copa. Não podemos afirmar que venceremos as Eliminatórias. Tentaremos. Porém, garantir isso sem preparação é complicado.

As pessoas querem ver pela Seleção o Rivaldo do Barcelona...

Mas isso é difícil. Na Espanha, eu treino todos os dias. Sei onde está Kluivert em campo sem precisar olhar. Pela Seleção não é assim. Precisamos de tempo para nos entrosar.

O Brasil esteve longe de dar espetáculo este ano.

No futebol não tem mais isso de espetáculo em qualquer jogo.

Estranho ouvir isso de quem quase sempre dá espetáculo, não acha?

O problema é que nem sempre as coisas saem bem. Ainda mais na Seleção. Quando tivemos tempo, jogamos bem. Foi assim na Copa de 98, que perdemos da França na final, e na Copa América de 99, em que fomos campeões. O problema no Brasil é que começam falando em futebol e terminam falando de dinheiro.

Com você ainda mais, depois que renovou contrato com o Barcelona?

É, e isso acaba sendo o principal. Esquecem-se do que faço em campo. Se ganho o que ganho, é porque mereço o que ganho. Hoje em dia ninguém é bobo de pagar muito a um jogador se ele não rende. Por isso procuro parecer o mais simples possível. Pode parecer desaforo ficar desfilando de carro do ano, quando as pessoas no Brasil sofrem para ganhar um salário mínimo no fim do mês. Se eu estivesse do lado do torcedor, sentiria dessa forma e não acharia justo.

Você se sente perseguido pelo torcedor brasileiro?

Não. O problema é que a minha cara não está na TV brasileira a toda hora. Vamos jogar pela Seleção e os torcedores passam o tempo todo pedindo em campo os que estão jogando no Brasil. Já treinei em São Paulo com a torcida gritando o nome de França o tempo inteiro. Não é só comigo, mas com todos os que atuam no futebol europeu. Se eu estivesse defendendo o Palmeiras ou qualquer outro grande time do Brasil, estaria mais na mídia.

Você queria estar na mídia, como estão Ronaldinho e Romário?

Jamais tive inveja dos dois. Admiro demais Romário, pelo craque que é, e Ronaldinho, por tudo o que fez quando defendeu o Barcelona. Mas acho que se tem de buscar a notícia onde ela está. E não sou eu que vou ficar ligando para as rádios, TVs e jornais brasileiros pedindo para me entrevistar. Se o que dá mais ibope é se separar da mulher ou bater de carro, eu estou fora mesmo.

Agora que Figo é o melhor do mundo, a pressão sobre você vai diminuir tanto pelo clube quanto pela Seleção Brasileira?

Cheguei a um nível em que pressão menor não existe. Fico feliz pelo fato de o Barcelona precisar do meu futebol e sentir a minha falta. Mas somos um grupo com ótimos jogadores, um dos melhores do mundo, e não podemos depender apenas de um ou dois. O mesmo acontece com a Seleção Brasileira. Só espero que os torcedores e a imprensa não olhem apenas para meu último jogo e sim para a temporada toda.

L!Sportpress


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