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Antônio Carlos exige um lugar na seleção de Leão
Sábado, 25 Novembro de 2000, 13h30
Atualizada: Sábado, 25 Novembro de 2000, 13h31

“Fiquei muito surpreso e chateado por não ter sido chamado nem para compor o banco de reservas contra a Colômbia”

São Paulo - Preterido na primeira convocação de Émerson Leão, Antônio Carlos (ex-capitão da Era Wanderley Luxemburgo) já prepara sua volta à Seleção Brasileira. Enquanto se concentrava para o jogo deste domingo contra a Fiorentina, o polêmico zagueiro da Roma, a líder do Campeonato Italiano, mandou um recado ao técnico do Brasil, de temperamento igualmente forte.

“Não vou mudar meu jeito de ser, porém nunca tive voz ativa a mais que um treinador. Espero ser lembrado na próxima oportunidade, pois estou vivendo um excelente momento na Roma”, discursou em tom moderado, apesar da frustração por ter ficado de fora da primeira lista. “Fiquei muito surpreso e chateado por não ter sido chamado nem para compor o banco”.

Antônio Carlos também não poupou elogios ao possível novo chefe. “O Leão vem fazendo nesta temporada um belo trabalho à frente do Sport, uma equipe que não possui os melhores elencos do Brasil. Sua escolha foi mais do que merecida.”

‘Zagalo foi injusto’ - Querendo mudar sua imagem, o zagueiro também demonstrou outra preocupação: acabar com o estigma de homem de confiança só de Luxemburgo. “Se tive o respeito e a confiança do Wanderley é porque fiz por merecer, desde os tempos em que trabalhamos juntos no Palmeiras”, disse. “Aliás, muitos se esquecem que também fui o homem de confiança do Telê Santana no São Paulo. Só é possível obter conquistas quando as oportunidades existem.”

A alfinetada de Antônio Carlos tem endereço certo: o técnico Zagallo, que nunca o convocou para a seleção. “Não gostaria de usar a palavra mágoa, mas é inegável que o Zagallo foi muito injusto comigo. Ele também foi muito infeliz, quando disse que o Wanderley não deveria me convocar”, comentou, sem disfarçar a irritação.

Sobre conturbada saída de Luxemburgo da seleção brasileira, o ex-capitão tem uma opinião muito particular. “Ao contrário do que muitos pensam, não acho que o motivo tenha sido o fracasso nos Jogos Olímpicos de Sydney. Para mim, ele acabou pagando pelos problemas em sua vida pessoal”, explicou. “Ele não será o primeiro nem o último a ter problemas com o Imposto de Renda.”

O zagueiro da Roma também não acredita que o ex-técnico do Brasil possa abandonar o futebol: “Ele deve ter falado isso em um momento de muita mágoa e certamente irá rever esta posição. O futebol brasileiro precisa muito do trabalho do Wanderley, que é um dos melhores treinadores do País”.

Roma: luta para ficar - Com relação ao momento vivido na Roma, Antônio Carlos destaca a perseverança que teve para continuar no clube.

“No início, o Fabio Capelo não queria contar com meu futebol. Quase fui negociado com o futebol grego e cheguei a ameaçar uma volta ao Brasil”, lembrou, sem saudades. “Mas depois, quando o Milan demonstrou interesse por mim e a torcida não quis minha saída, ele teve de cumprir a ordem do presidente Franco Sensi, me mantendo no grupo.”

A suspensão imposta pela Uefa – quatro jogos fora de partidas internacionais – é algo que aborrece demasiadamente o jogador. “Não cuspi no Rogério (atleta do Boavista), apenas tivemos um desentendimento durante a partida”, defendeu-se. “Eu nunca iria cometer o mesmo erro duas vezes. Já havia tido esta atitude em um incidente com o Simeone, em outra oportunidade.”

Racismo - Outro assunto que Antônio Carlos lamenta profundamente é o racismo que tem ocorrido em alguns jogos do Campeonato Italiano. “É inaceitável que um país desenvolvido como a Itália tenha que assistir a estes episódios. Principalmente quando brasileiros e companheiros de clube, como o Marcos Assunção, estejam envolvidos.”

No jogo de domingo contra a Fiorentina, o zagueiro – que deve renovar seu contrato por mais quatro anos no mês que vem – tem a certeza de que o companheiro Batistuta não irá comemorar de maneira alguma um ou mais gols em cima de sua ex-equipe. “Esta é uma prática comum aqui na Itália. Ele tem um carinho muito grande pelo clube onde passou os últimos nove anos.”

A liderança, no princípio do Campeonato Italiano, não surpreende o brasileiro: “A Diretoria da Roma montou um time forte com o objetivo de conquistar o scudetto. Não é a toa que já conseguimos uma vantagem considerável sobre o Milan e a Juventus, equipes com mais tradição do que a nossa”, concluiu.

Agência Estado


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