Santos - Os jogadores do Santos sabem que o time não pode mais perder pontos para não complicar a classificação e prometem uma forte marcação sobre o Goiás, além de aproveitar eventuais falhas do adversário para chegar à vitória. "Ao atletas estão tranqüilos e não devem se preocupar com o peso da classificação", entende o técnico Giba, que vai manter o mesmo time que empatou com o Vasco sábado passado, em busca do padrão de jogo que o a equipe ainda não conseguiu.

A maior preocupação é com o artilheiro Dill, que já marcou 14 gols, nas o zagueiro Sangaletti entende que há outros perigos no time goiano, como o atacante Evair. "O ataque deles é muito rápido, que merece atenção especial para não abrir espaços", disse ele, preocupado em segurar o adversário. "O Dill é um jogador rápido, que entra em diagonal, está sempre na cara do gol e vai ser marcado no setor que cair". Para Sangaletti, que está com quatro cartões amarelos, "o Santos precisa dos três pontos para ficar entre os primeiros colocados, pois isso dá vantagem ao clube para a próxima fase".

O capitão Rincón entende a partida de amanhã contra o Goiás como chave. "O time está em ascensão, mas não tem conseguido vitórias, e todos os jogos daqui para a frente serão clássicos: não há time pequeno ou grande e muito menos favoritos". O atacante Edmundo concorda e, mesmo jogando pela primeira vez no Serra Dourada, acha que atuar fora pode ser um fator positivo para o momento que o clube vive: "a pressão vai ser menor e não temos a obrigação de vencer, embora seja esse nosso objetivo principal".

Depois de vários incidentes com torcedores na semana passada, o fato de jogar fora de casa diminui o impacto da cobrança da torcida, mas o técnico Giba lembra que "jogando fora, o time vai sofrer também forte pressão do torcedor adversário". Nos treinamentos da semana, procurou ensaiar bem sua defesa para conter o ataque goiano e até mesmo abriu mão de Claudiomiro, recuperado de contusão e que nem viajou para Goiânia. Ele vai manter a dupla de zaga formada por André Luís e Sangaletti, evitando o risco de escalar um jogador que ficou afastado mais de 20 dias e que está sem ritmo de jogo.

Por conta dessa necessidade de vencer, o lateral Léo destaca a necessidade de uma marcação implacável sobre o adversário, mas acha que seu time não pode jogar recuado: "O Santos não tem mais condições ficar lá atrás, precisa partir para cima dos adversários, pois não dá mais para ficar sem vencer".

Além do adversário, quinto colocado na Copa João Havelange e que só perdeu uma partida no Serra Dourada, os santistas estão preocupados também com o estádio do Goiás, que é grande e tem grama alta. Somado ao forte calor, isso tudo provoca um grande desgaste nos jogadores. Do lado positivo, os jogadores receberam hoje os salários que estavam em atraso, um incentivo a mais para a busca da vitória.

Agência Estado