Santos - O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, optou por manter o técnico Giba depois do empate com a Ponte Preta, mas
admitiu que a situação teria que ser repensada. Segundo ele, não é
admissível, pelo atual elenco, o Santos não estar entre os líderes da Copa
João Havelange.
Tudo indica que, caso o time não derrote o Vasco no próximo
sábado, o treinador deve deixar a Vila Belmiro.
"Nossa situação causa revolta, porque o Santos tinha condições de vencer o
último jogo, ganhar os três pontos e ficar tranquilo na tabela de
classificação", disse.
De acordo com Teixeira, a culpa do treinador e os erros podem ter acontecido
antes da partida.
"Não quero isentá-lo. Até a forma de trabalho da comissão técnica precisava
ser revista neste momento", disse o presidente, que reuniu-se com a
diretoria santista na última segunda-feira, num encontro onde foi decidida a
permanência de Giba no cargo para o jogo com o Vasco.
O técnico Giba preferiu não polemizar publicamente com as declarações dadas
pelo colombiano Rincón que saiu em defesa de seus companheiros.
"Não vou discutir através da imprensa com um dos meus jogadores. Essas são
coisas que devem ser tratadas internamente", disse.
O treinador lembrou que sempre deu liberdade para os seus jogadores
discutirem com ele diretamente qualquer tipo de problema. Quando soube do
posicionamento do atacante Edmundo, que se mostrou comprensivo quanto às
críticas feitas pelo técnico ao goleiro Carlos Germano e ao zagueiro André
Luís, Giba elogiou o artilheiro do Santos.
Ao tentar explicar as
críticas feitas às falhas individuais dos seus jogadores, Giba disse que não
culpou o goleiro e o zagueiro pelo empate contra a Ponte Preta. "Fui atleta durante 15 anos e sei ao que todos estão sujeitos. O que eu
quis apontar foram fatalidades", desabafou Giba, que acha que a fase
santista não está ajudando.
"Não é a primeira vez que tomamos gols inexplicáveis. Contra o Inter,
por exemplo, a bola bateu na cabeça do Renato e entrou. Dessa forma, estamos
deixando escapar muitos pontos pelos nossos dedos", lamentou.
Apesar das muitas cobranças, e da ameaça de perder o cargo caso não consiga
vencer o Vasco, no jogo de sábado, na Vila Belmiro, Giba ainda tenta deixar
transparecer uma grande confiança. "O momento é de se ter equilíbrio e seriedade para conduzir corretamente a
situação", disse.
Caso Giba deixe o cargo de técnico do Santos, um dos nomes preferidos para
substituí-lo na Vila Belmiro é o de Zagallo, atualmente desempregado.