Santos - O jogo deste sábado na Vila Belmiro é considerado de alto risco pelos santistas, que vêm de duas derrotas consecutivas no campeonato.

Uma terceira, em casa, neste sábado contra a Ponte Preta pode ser fatal para as pretensões do técnico Giba de permanecer dirigindo o time. Nesta quinta-feira, ele manteve uma longa reunião com os jogadores no vestiário para controlar a crise que está se agravando a cada jogo: com o tropeço em Brasília contra o Gama na quarta-feira, o time piorou o seu desempenho na competição, caindo o aproveitamento de pontos para 48,9%, abaixo do aceitável pela diretoria.

Giba acha que esse segundo mau resultado consecutivo não deverá abater o time para o jogo de sábado. "A derrota não vai abalar o grupo, mas é um alerta importante", disse o treinador. Giba entende que seu time terá pela frente seis jogos na Vila Belmiro e conta com vitórias nessas partidas para conseguir a classificação para a próxima fase.

A diretoria pensa além. Como o time ainda não conseguiu desenvolver um padrão de jogo, a preocupação é com o mata-mata da próxima estapa, em que qualquer vacilo pode deixar o time fora da disputa do título. O diretor de Futebol, Paulo Ferreira, foi a Brasília e não gostou do que viu no jogo contra o Gama: "não podemos aceitar essa derrota na forma em que ela aconteceu e vamos nos reunir para cobrar". Ele prefere não especificar seu alvo principal e disse que "não podemos jogar toda a culpa no técnico, pois todos são culpados".

O treinador admite que há cobranças, mas reparte a responsabilidade. "A cobrança é de toda a equipe e tem que ser dividida entre o treinador e a equipe", disse Giba, que tinha um objetivo claro para a reunão desta quinta-feira à tarde: "é preciso transformar a qualidade dos jogadores em resultado e desempenho".

Sem Folga - Os jogadores chegaram nesta quinta-feira pouco depois das 13 horas e, ao contrário das costumeiras reapresentações, Giba chamou o grupo para um conversa, iniciada às 16h10. Até esse horário, não estava prevista qualquer reunião da diretoria para tratar do futuro da equipe. Para o jogo de sábado, o time não contrará mais uma vez com o capitão Rincón, que cumpre o segundo e último jogo de sua suspensão automática. O jogador, que havia recebido uma folga e viajou para a Colômbia reapresentou-se nesta quinta-feira e foi reintegrado ao grupo. A dúvida ainda fica por conta de Edmundo, que voltou a trabalhar fisicamente na terça-feira mas ainda não está confirmado para a partida contra a Ponte.

Agência Estado