São Paulo - A venda de Euller ao Vasco da Gama fechada nesta quarta-feira, por R$ 4 milhões, demonstra o quanto o Palmeiras está priorizando a Libertadores e o Mundial de 2001. Depois de discutirem por quase 30 dias, o presidente Mustafá Contursi e Eurico Miranda chegaram ao inédito acordo. Enquanto isso, Pena faz até exames médicos no Porto.
"O Mustafá exigiu ter o Euller para disputar a Libertadores e o Mundial de Clubes. Não houve jeito. Então decidimos que ele virá agora para o Vasco, volta para o Palmeiras para disputar o primeiro semestre de 2001 e depois retorna ao Rio de Janeiro onde ficará mais dois anos. Foi uma maneira inteligente de fechar a transação", explica Eurico Miranda.
"O Euller ter mantido a cabeça tranqüila e suportado a pressão de quase dois meses sem renovar seu contrato foi fundamental para a venda ser efetivada. Se ele brigasse com o Palmeiras e tentasse buscar o seu passe na Justiça, não teria ido para o Vasco. Foi vendido e depois retornará para disputar o Mundial de Clubes e a Libertadores em paz com todos", destaca, feliz, Alemão, o empresário do jogador.
Euller confidencia que está ansioso para atuar ao lado de Romário no ataque vascaíno e não se intimida com a disputa de posição com Viola. "O Romário sempre foi meu ídolo. Tenho certeza que a minha velocidade será importante para que ele faça vários gols. Quanto ao Viola, acredito que o treinador Oswaldo de Oliveira saberá como compor o ataque vascaíno. Nada impede que nós três joguemos juntos." O jogador revela que não sai magoado com o Palmeiras, mas com a Parmalat.
"Fui muito feliz no Palmeiras. Uma pena que no final fui enganado por promessas de dirigentes da Parmalat. Mas eu quero esquecer e só pensar no Vasco. No ano que vem farei tudo para vencer a Libertadores e o Mundial de Clubes para o Palmeiras. Agora quero ajudar o Vasco a ganhar a João Havelange", diz, Euller, sem saudade.
O valor de R$ 4 milhões para a transação é explicado por Eurico Miranda ao JT. "O Palmeiras pedia R$ 8,6 milhões. O Euller tinha direito à 35% desse valor. E do que sobrou, tiramos mais 15% do atacante. Deu R$ 4 milhões."