PUBLICIDADE

Setembro Amarelo: saiba como identificar a ansiedade em crianças e adolescentes

Os mais jovens também devem ser lembrados no mês de prevenção ao suicídio

24 set 2021 - 18h02
Compartilhar
Exibir comentários
Preste atenção no comportamento deles
Preste atenção no comportamento deles
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Você sabia que a campanha Setembro Amarelo também engloba os mais jovens? Afinal, as mudanças decorrentes da pandemia do coronavírus trouxeram novos desafios e um modo de vida completamente diferente do habitual. Sendo assim, se mesmo compreendendo a situação e mantendo-se informados, os adultos sofreram com ansiedade, estresse e depressão, como será que ficaram as crianças e adolescentes diante desse cenário? 

"A pandemia trouxe perdas, além das mortes de pessoas queridas. Aulas online, encontros virtuais, falta de interações pessoais e impossibilidade de contatos amigos e familiares, gerou uma ansiedade além do normal", explica a pediatra Felícia Szeles. 

Adaptação sempre é um assunto complicado para os pequenos, seja em uma nova escola ou casa, por exemplo. E nem sempre essas limitações acabam na infância, podendo perdurar ainda até a puberdade e adolescência. A personalidade em formação e as novas descobertas diárias, quando aliadas ao contexto pandêmico e suas restrições, mostram uma grande explosão de sentimentos, principalmente o medo.

A médica relembra a importância dos estímulos sociais nessa fase da vida para o desenvolvimento cognitivo e pontua ainda que a ansiedade, quando não é devidamente tratada, pode evoluir para doenças, como dores de cabeça crônicas, obesidade, vícios, depressão e insônia. 

"Devemos acolher esse problema em qualquer idade, mas os cuidados devem ser maiores com crianças e adolescentes, já que eles têm menos repertório da vida e de como lidar com essas questões. E como fazer isso? Conversando e estando próximos deles", aconselha a pediatra.

Saiba identificar os sintomas

Segundo Felícia, há alguns indícios que podem ser observados para ajudar no diagnóstico:

  • dificuldade para dormir ou excesso de sono; 
  • tontura; 
  • boca mais seca; 
  • mãos geladas; 
  • irritabilidade; 
  • tédio; 
  • falta de interação social por vontade própria; 
  • baixa no rendimento escolar; 
  • dificuldade para expor sentimentos.

Prestando apoio

Após identificar alguns dos principais sintomas, é chegada a hora de agir para que o transtorno seja logo resolvido, ou ao menos amenizado. Para isso, a especialista dá algumas dicas de como agir nessa situação. Confira:

  • Dialogue sempre e sobre todos os assuntos; 
  • Esteja presente no dia a dia de seu filho; 
  • Permita, quando possível, o retorno à escola presencialmente (seguindo todas as medidas de proteção contra a Covid-19, claro!);  
  • Estimule a prática de atividade física e o retorno aos esportes, também seguindo todos os protocolos de prevenção; 
  • Tenha uma rotina saudável, com horários para estudos, esporte, lazer, uma boa   alimentação e, principalmente, uma boa noite de sono. A rotina é super importante para o controle da ansiedade. 

Embora todas essas medidas sejam efetivas e auxiliem a criança e o adolescente nesse período difícil, buscar ajuda médica deve sempre ser considerado. "Se notar algum desses sintomas ou comportamentos diferentes, converse imediatamente com o pediatra para poder ter um diagnóstico mais assertivo", orienta Felícia. 

Ela ressalta ainda que não há um tratamento padrão e aplicável para todos os casos. Cada paciente deve ser avaliado individualmente e as tratativas podem ser desde pequenas mudanças na rotina, como falado acima, ou por meio de terapia e remédios.

Apenas um profissional qualificado e capacitado poderá dizer qual é o mais indicado para seu filho. Por isso, converse com seu médico e jamais use medicações sem prescrição. 

Fonte: Felícia Szeles, médica especialista em Pediatria, Alergia e Imunologia, e pediatra nas áreas de Puericultura, Infância e Adolescência. 

Alto Astral
Compartilhar
Publicidade
Publicidade