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Vacinas contra a Covid-19 são eficazes para gestantes e podem imunizar o bebê, diz estudo

Especialista reforça a importância de vacinar mulheres grávidas

30 set 2021 - 16h02
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Resposta imune em gestantes e lactantes é satisfatória
Resposta imune em gestantes e lactantes é satisfatória
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A pandemia de Covid-19 está próxima de completar dois anos e, durante todo esse tempo, o modo de viver das pessoas foi totalmente alterado. Sair de casa para realizar tarefas simples é algo que, agora, requer cuidado e atenção. Visitar amigos, passear no shopping ou qualquer outra atividade que inclua interação social se tornaram hábitos perigosos, principalmente para as pessoas do chamado grupo de risco.

De acordo com dados da SBRH (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana), mulheres gestantes apresentam mais chances de desenvolverem quadros graves da Covid-19, com necessidade de internação, por exemplo. A boa notícia, no entanto, é que o avanço da vacinação no Brasil, aos poucos, devolve uma sensação maior e real de segurança para as pessoas. Apesar de ainda ser fundamental, mesmo para pessoas completamente imunizadas, manter todos os cuidados de higiene e distanciamento.

Uma pesquisa publicada recentemente pelo periódico científico American Journal of Obstetrics & Gynecology avaliou a resposta imune das vacinas da Moderna e da Pfizer em grávidas e concluiu que os imunizantes possuem uma eficácia positiva. Segundo o estudo, o nível de proteção nas gestantes foi semelhante ao de mulheres não grávidas. E ambos os grupos apresentaram uma resposta imune maior do que pessoas não vacinadas.

Para o Dr. Nilo Frantz, médico especialista em reprodução humana, a notícia é ótima e pode representar uma maior segurança para os bebês. "Segundo o estudo, essa imunidade está presente no sangue, no leite materno e na placenta das gestantes. Dessa forma, além da vacinação gerar uma forte imunização em gestantes, ainda é possível que essa imunização seja passada ao bebê por meio do leite materno e da placenta", explica.

Mesmo que seja mais rara a manifestação de quadros graves da Covid-19 em pessoas jovens, como adolescentes e crianças, a imunização completa da população é, talvez, a única saída para que hábitos do passado parem de oferecer riscos à saúde pública.

"Já está bastante claro que para minimizar ao máximo a circulação viral deve-se proteger o maior número de pessoas de qualquer faixa etária e, assim, ajudar a evitar o surgimento de novas variantes. Para conseguir a tão falada imunidade de rebanho, precisaremos vacinar crianças e adolescentes para atingirmos a taxa máxima de pessoas vacinadas e reduzir a circulação e a taxa de transmissão comunitária", reforça o Dr. Paulo Telles, pediatra e neonatologista pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Saúde em Dia
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