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'Vacina deve ser obrigatória para todos', opina Doria

Em entrevista coletiva, Doria criticou a fala do presidente, que disse que 'ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina'

2 set 2020 - 14h24
(atualizado às 14h31)
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro, que disse que "ninguém pode obrigar ninguém" a tomar da vacina contra a covid-19. "Quero respeitosamente discordar dessa posição. Ao meu ver, a vacina deveria sim ser obrigatória para todos os brasileiros. A vacina tem que ser uma decisão pessoal de cada um, mas uma obrigação, uma determinação do Estado."

João Doria (PSDB), governador de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
João Doria (PSDB), governador de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Divulgação / Governo do Estado de SP / Estadão Conteúdo

"Entendo que essa manifestação do presidente Jair Bolsonaro possa ser revista. Penso que posição da saúde deva ser aquela que prevalece sobre posições de ordem ideológica", completou o tucano.

Na noite de segunda-feira, Bolsonaro foi abordado por uma mulher que pediu ao governo a proibição da vacina contra a covid-19 por considerá-la "perigosa" dado o tempo que deve levar para que o imunizante fique pronta. Para a apoiadora, "em menos de 14 anos, ninguém pode colocar uma vacina no mercado" e a solução seria proibi-la. "Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina", respondeu Bolsonaro na ocasião. A mesma frase foi usada pela Secom ao divulgar a postagem nas redes sociais.

Em fevereiro, no entanto, o próprio presidente sancionou lei que permite a vacinação compulsória como forma de enfrentar a pandemia da covid-19. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também determina ser "obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias".

Epicentro da covid-19 no País, São Paulo registra nesta quarta-feira, 2, 30.673 mortes e 826.331 casos confirmados. Projeções feitas pelo Centro de Contigência contra a Covid-19 apontam que o Estado de São Paulo pode ter até 1 milhão de casos e até 38 mil mortes pela doença até o dia 15 de setembro.

Estadão
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