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Summit discutirá empatia médica em tempos tecnológicos

Para especialistas, uma prática com foco no paciente nunca poderá substituir um olhar atento do profissional

14 ago 2019 - 03h11
(atualizado às 08h26)
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Falar em empatia em um mundo tecnológico tornou-se ainda mais importante. O avanço tecnológico trouxe benefícios inegáveis para a Medicina: hoje muitas doenças são passíveis de cura ou são controladas graças a esse avanço. Mas, para Graziela Moreto, diretora de programas educacionais da Sobramfa - Educação Médica & Humanismo, que capacita médicos a praticar Medicina com foco no paciente, "o problema não está na tecnologia, mas em como o profissional a utiliza". "A tecnologia nunca poderá substituir o olhar atento quando o paciente está contando sua história clínica nem o toque de conforto que é fundamental para o exercício de uma Medicina de excelência."

Para Maria Auxiliadora Benedetto, que trabalhou mais de 30 anos no serviço público como cirurgiã e clínica geral e hoje é diretora de publicações da Sobramfa, a tecnologia pode até auxiliar a dimensão humana.

"O problema é tomar tecnologia como fim e não como meio. Se a tecnologia caminha lado a lado com a dimensão humanística do ser humano, ela somente trará benefícios. Além disso, é mais importante a qualidade da escuta do que o tempo de escuta", pondera.

Já o urologista Fábio Ortega lembra de uma frase "que todo mundo ouve na faculdade de Medicina", sobre os limites emocionais de um atendimento médico. "Você deve se envolver com o paciente para compreender o problema, mas não deve se envolver demais para não sofrer."

Para ele, esse é um equilíbrio que pode pesar para o lado negativo do processo, pode comprometer. "A boa prática médica precisa de empatia. No Brasil existe uma heterogeneidade muito grande entre os cursos. Mas a empatia adentra o que chamamos de 'currículo oculto', em que o aluno, vendo como o bom médico lida com o paciente, segue seus passos. Os bons cursos de Medicina têm intenção de ajudar e aprofundar a empatia do médico com o paciente", diz Ortega.

Um dos projetos recentes criados para promover uma aproximação entre médico e público em geral é o Doutor Ajuda.

A plataforma movimenta site, canal de YouTube e página no Facebook. Tocado por um grupo de médicos, entre eles o urologista Fábio Ortega, o canal quer levar informação às pessoas de forma empática e esclarecedora, tirando dúvidas de quem usa a internet para saber mais sobre sintomas e doenças. O Estadão Summit Saúde 2019 leva a discussão sobre empatia médica ao evento de 22 de agosto, no Hotel Maksoud Plaza.

Serviço

Estadão Summit Saúde Brasil 2019

22 de agosto, das 8 às 18 horas.

Maksoud Plaza Hotel, Rua São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo.

Ingressos tanto presenciais quanto para transmissão online, com desconto para assinantes do Estadão.

Mais informações pelo site estadaosummitsaude.com.br

Estadão
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