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Sputnik V: Rússia pede aprovação de uso emergencial da vacina à OMS

Caso seja liberada pela OMS, vacina russa pode ser disponibilizada para todo o mundo em um período de tempo menor do que os procedimentos convencionais

27 out 2020 - 12h20
(atualizado às 12h40)
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MOSCOU - A Rússia enviou à Organização Mundial da Saúde (OMS) um pedido para aprovação de uso emergencial e pré-qualificação da vacina Sputnik V, de acordo com o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF).

"Enviamos um pedido de registro acelerado (Lista de Uso de Emergência, EUL) e pré-qualificação da vacina à Organização Mundial da Saúde, o que permitirá que a Sputnik V seja incluída na lista de medicamentos que atendem aos principais padrões de qualidade, segurança e eficácia.", disse Kirill Dmitriev, diretor do RDIF, em um comunicado.

No último dia 19, autoridades russas e a farmacêutica União Química anunciaram que a Sputnik V também deve começar a ser produzida em larga escala no Brasil, na segunda quinzena de novembro. O presidente da empresa, Fernando de Castro Marques, disse que é possível que parte da produção já esteja disponível para a população em janeiro.

O governo do Paraná fechou acordo com a Rússia para a produção da vacina, que inclui a transferência de tecnologia. A Bahia também já garantiu 50 milhões de doses do imunizante. Ainda não há informações sobre se o governo federal irá firmar algum acordo com a Rússia para disponibilizar a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o RDIF, o registro acelerado de uma vacina sob o procedimento EUL "tornará a vacina russa disponível para todo o mundo em um período de tempo menor do que os procedimentos convencionais e apoiará os esforços globais para prevenir a infecção por coronavírus".

O comunicado diz ainda que a Rússia se tornou um dos primeiros países a solicitar à OMS a pré-qualificação de uma vacina. O Programa de Pré-Qualificação, organizado pela ONU e coordenado pela OMS, é o único programa mundial de garantia da qualidade de medicamentos.

Caso receba a pré-qualificação, a Sputnik V poderá ser incluída na lista utilizada por organizações internacionais e governos de todo o mundo para aquisição de medicamentos em grande escala.

Dmitriev ressaltou que a Rússia foi o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a covid-19 e destacou que a Sputnik V "se baseia em uma plataforma segura, eficaz e bem estudada de vetores adenovirais humanos".

A Sputnik V foi registrada no dia 11 de agosto e está na fase 3 de testes clínicos. A vacina foi recebida com receio pela comunidade científica internacional devido a rapidez da realização dos testes e pouca informação sobre o fármaco./EFE

Estadão
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