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Sífilis na Argentina: pico histórico e preocupações da saúde pública

Embora a melhoria nas ferramentas de diagnóstico tenha contribuído para detectar um maior número de casos, há outras causas importantes que explicam esse aumento

9 set 2024 - 21h50
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A Argentina enfrenta um aumento sem precedentes nos casos de sífilis, atingindo um pico histórico em 2023, quando foram reportados 32.293 contágios. Esse aumento posicionou a doença como a infecção sexualmente transmissível (IST) com maior crescimento no país.

A prevenção e o tratamento eficaz da sífilis envolvem várias etapas importantes
A prevenção e o tratamento eficaz da sífilis envolvem várias etapas importantes
Foto: depositphotos.com / vchalup2 / Perfil Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde da Argentina, a tendência ascendente registrou um aumento de 42% dos casos em relação a 2018. A sífilis se tornou uma preocupação crescente em termos de saúde pública, conforme revelado pelo último Boletim Epidemiológico Nacional.

Por que os casos de sífilis estão aumentando na Argentina?

A incidência de sífilis na Argentina vem crescendo de forma alarmante ao longo dos últimos seis anos. Embora a melhoria nas ferramentas de diagnóstico tenha contribuído para detectar um maior número de casos, há outras causas importantes que explicam esse aumento:

  • Falta de conscientização: Muitas pessoas ainda desconhecem os riscos e formas de transmissão da sífilis.
  • Desigualdade de acesso a serviços de saúde: Nem todos têm acesso fácil a exames e tratamentos.
  • Estigma social: O preconceito em torno das ISTs desincentiva a busca por assistência médica.

Como a sífilis pode ser prevenida e tratada?

A prevenção e o tratamento eficaz da sífilis envolvem várias etapas importantes. A seguir, algumas medidas fundamentais:

  1. Educação e conscientização: Informar a população sobre os sintomas e a importância dos testes regulares.
  2. Uso de preservativos: A utilização correta de preservativos pode prevenir a transmissão da sífilis.
  3. Acesso a serviços de saúde: Garantir que todos possam realizar exames e receber tratamentos adequados.
  4. Vigilância e registro contínuo: Monitorar os casos para controlar a propagação da doença.

Quem são os mais afetados pela sífilis na Argentina?

O aumento dos casos de sífilis tem afetado principalmente os jovens adultos, especialmente entre 20 e 35 anos. Em termos de gênero, as mulheres representam a maior porcentagem dos casos, especialmente no grupo de idade de 15 a 39 anos.

As regiões mais afetadas na Argentina incluem o Sul e Cuyo. No entanto, as áreas centrais, que anteriormente tinham o maior número de contágios, mostraram uma diminuição relativa em comparação com o aumento em outras regiões.

Quais são os sintomas e complicações da sífilis?

A sífilis é dividida em várias fases, e seus sintomas podem variar:

  • Sífilis primária: Aparecimento de uma úlcera indolor chamada chancro, geralmente nos órgãos genitais, boca ou ânus.
  • Sífilis secundária: Pode surgir após um período de latência, com sintomas como erupções cutâneas, febre, lesões na boca, e mal-estar geral.
  • Sífilis terciária: Complicações graves como lesões cardíacas, ósseas, no sistema nervoso e neurosífilis.
Perfil Brasil
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