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Coronavírus

Prefeitura de SP ganha doação de 90 mil máscaras da China

Ação resulta ainda na doação de mil uniformes para ajudar no combate a pandemia; material deve chegar até 6 de abril

25 mar 2020 - 19h35
(atualizado às 19h49)
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Numa ação coordenada pela Prefeitura de São Paulo, por meio de sua Secretaria de Relações Internacionais, a cidade deverá receber da China, até o dia 6 de abril, 90 mil máscaras e 1.000 uniformes para ajudar no tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

A ação teve o intermédio do Consulado Geral da China em São Paulo, que fez a ponte com doadores chineses. O Banco da China é o responsável por 50 mil máscaras e 1.000 uniformes, enquanto a Prefeitura de Xangai vai contribuir com outras 40 mil máscaras.

A sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da capital
A sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da capital
Foto: Reprodução/Google / Estadão Conteúdo

Empresas privadas paulistas também têm ajudado a Prefeitura com doações, como a PGL Logística, que está cedendo seus serviços para o transporte e o desembaraço aduaneiro dessa doação.

"Estamos num grande engajamento. Existe uma determinação do prefeito Bruno Covas sobre cada secretaria achar a melhor maneira de auxiliar no combate ao vírus aqui em São Paulo. E a gente tem encontrado apoio nas comunidades estrangeiras. Não é uma batalha que está sendo lutada sozinha", disse ao Estado o secretário de Relações Internacionais, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes.

De acordo com ele, após o contato da secretaria com o consulado chinês, a equipe da cônsul-geral chinesa, Chen Peijie, viabilizou a doação com o Banco da China. Já a doação da Prefeitura de Xangai foi acordada diretamente com a equipe da secretaria.

"A PGL já havia se oferecido para auxiliar a Prefeitura no que fosse necessário. Ontem (terça-feira) fiz contato e eles rapidamente ajudaram a gente a desembaraçar a primeira carga e depois a segunda", conta o secretário.

Para o sócio e diretor de operações da PGL, Fabio Cotrim, a ideia é ajudar não só a Prefeitura de São Paulo, mas outras instituições no combate ao novo coronavírus. Segundo Cotrim, outras empresas estão em conversa atualmente com a PGL para ajudar com doações, ainda em fase de estudo.

"Há duas grandes empresas brasileiras que estão checando preços e fornecedores de ventiladores, máscaras, aventais e outros insumos para ajudar nessa luta", adianta o empresário.

Segundo o secretário das Relações Internacionais, para quem mais tiver interesse em fazer doações ao município neste momento de crise, um e-mail foi disponibilizado para envio de produtos, prestação de serviços e cessão de áreas que possam ser usadas, por exemplo, para hospitais de campanha.

No que concerne à China, diz Salles Aguiar, a interlocução continua. "A China é o maior parceiro comercial do município e do Brasil. Não entender esse relacionamento com a China é falta de horizonte", afirmou.

Nesta terça-feira (25) o presidente Jair Bolsonaro conversou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, para tentar desfazer mal estar causado por postagem de um de seus filhos em rede social. O telefonema ocorreu seis dias após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ter acusado a China de ter escondido informações sobre o início da pandemia do coronavírus.

Estadão
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