PUBLICIDADE

População da Nova Zelândia vota a favor da eutanásia, mas é contra uso recreativo de maconha

Resultado parcial divulgado nesta sexta ainda pode ter revés sobre consumo da cannabis, após contagem dos votos especiais

30 out 2020 - 17h19
Compartilhar
Exibir comentários

A maioria da população da Nova Zelândia se mostrou favorável à eutanásia, de acordo com um referendo público votado no último dia 17, durante o pleito que reelegeu a primeira-ministra Jacinda Ardern. Os dados parciais divulgados nesta sexta-feira, 30, apontam que 65,2% dos eleitores neozelandeses são a favor da prática.

A legislação que permite a morte assistida por médicos foi aprovada no Parlamento no ano passado, mas a aplicação foi adiada para ouvir a opinião pública por meio de um referendo. O ministro da justiça, Andrew Little, declarou que a lei entrará em vigor em novembro de 2021.

Com base na lei, um adulto mentalmente saudável que tem uma doença incurável e que pode provocar sua morte em um prazo de seis meses, cujo sofrimento é considerado "insuportável", pode solicitar uma dose letal de um fármaco. O pedido deve ser assinado pelo médico do paciente e por um médico independente. Além disso, um psiquiatra deve ser consultado para avaliar se existe alguma dúvida sobre a capacidade de tomada de decisão da pessoa.

No mesmo referendo, os neozelandeses também votaram sobre o uso recreativo da maconha no país. No resultado parcial divulgado hoje, pelo menos 53,1% dos eleitores haviam se mostrado contrários ao consumo da substância.

O resultado final das votações só será divulgado na próxima semana. Até o momento, os dados não incluem votos especiais, que englobam cédulas do exterior e representam quase 20% do eleitorado, algo que poderia mudar o veredito sobre o uso da maconha. O resultado da votação sobre a eutanásia será vinculante, mas o referendo sobre a cannabis não.

Em nota, a assessoria da primeira-ministra afirmou que ela votou "sim" nos dois referendos. Jacinda já havia declarado apoio à lei da eutanásia e, em 2019, disse que aceitou a contragosto o referendo porque era a única forma de obter o avanço da legislação. / AFP

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade