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Pesquisa aponta que população negra é infectada 2,5 vezes mais que a de brancos na capital paulista

Amostras de sangue indicam que 19,7% dos participantes que se identificam como negros possuem anticorpos à covid-19, enquanto que nos que se declaram brancos era de 7,9%

1 jul 2020 - 15h05
(atualizado às 22h38)
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A Pesquisa

A renda de cada bairro na cidade de São Paulo é traçada por uma média geral. Nacapital paulista há peculiaridades como, por exemplo, na região do Morumbi, onde há uma área nobre e também uma grande comunidade. O IBGE pega a média de cada localidade e estabelece um índice. A pesquisa utilizou esse índice como base e dividiu a cidade em duas, com distritos mais ricos e mais pobres.

Os bairros foram subdivididos em 115 setores censitários. Em cada um deles, houve o sorteio de 12 residências para fazer parte do estudo. Uma semana antes de fazer a visita, é feita uma ligação para o local sorteado para evitar rejeição. Pelo rigor metodológico, os pesquisadores não podem simplesmente bater na casa vizinha se houver recusa. A aleatoriedade é importante para aumentar a representatividade da amostra e evitar resultados com viés.

Um pesquisador do Ibope e um enfermeiro do Fleury, paramentados, visitam a casa sorteada. O exame é oferecido a todos os moradores da residência, pois contribui também para novas etapas do estudo. Por exemplo, para medir o índice de transmissão entre familiares.

Quem aceita participar da pesquisa preenche um questionário e doa um pouco de sangue, retirado por meio de pulsão intravenosa, como ocorre em um laboratório. Pelo rigor metodológico, os pesquisadores não podem simplesmente bater na casa vizinha se houver recusa. A aleatoriedade é importante para aumentar a representatividade da amostra e evitar resultados com viés.

A primeira fase teve o estudo divulgado em maio e apontou que nos seis bairros com maior incidência de covid-19 na cidade de São Paulo, até então, 5,19% dos moradores dessas localidades desenvolveram anticorpos ao coronavírus. O levantamento apontou também que 91,6% dos casos de infecção estão fora das estatísticas oficiais.

Estadão
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