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Pernambuco confirma morte de bebê por sarampo

Essa é a quarta morte causada pela doença na última semana no País; os outros três casos aconteceram em São Paulo. Estado nordestino ainda investiga doença em 296 pacientes

3 set 2019 - 00h05
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RECIFE - Um bebê de sete meses morreu no interior do Pernambuco por causa de sarampo, em meio ao surto da doença no País. A vítima, que também teve os dois irmãos mais velhos diagnosticados com sarampo, morreu em 17 de agosto, mas a causa do óbito foi confirmada nesta segunda-feira, 2, pela Secretaria de Saúde do Estado. O número de mortes causados pela doença no Brasil neste ano subiu para quatro.

Outros três óbitos já haviam sido registrados em São Paulo na última semana. Pernambuco não registrava mortes por sarampo desde 2013. Por isso, o Estado reforçou o alerta contra a doença, onde há ainda outros 13 casos confirmados e mais 296 em investigação.

Superintendente de imunização de Pernambuco, Ana Catarina Melo diz que nenhum desses pacientes está hospitalizado e corre risco de vida como o bebê. "O sarampo é mais grave em crianças. O bebê de sete meses, por exemplo, estava fora da faixa de vacinação", explicou.

A vacina é normalmente aplicada em duas doses, a partir dos 12 meses de idade. Mas, por causa da atual epidemia, bebês a partir de seis meses também tiveram a imunização recomendada.

Ana Catarina ainda destacou que, além das típicas manchas vermelhas, o sarampo pode se manifestar por meio de febre e problemas respiratórios, como tosse e coriza. Em crianças, pode até ocasionar pneumonia, cujas complicações podem levar ao óbito. Conjuntivite também pode ser considerada um sintoma. Por isso, a recomendação é procurar um hospital caso com qualquer um desses sinais seja diagnosticado.

Primeiro grupo de pacientes no Estado pode ter ligação com festa em Porto Seguro, diz secretaria

O sarampo é uma doença altamente infecciosa, causada por um vírus que é transmitido de pessoa para pessoa por meio de secreções. No interior de Pernambuco, região que tem registrado a maior parte dos casos suspeitos do Estado e onde o bebê morreu, a fonte desse vírus, contudo, ainda não foi identificada.

Segundo Ana Catarina, os diagnósticos começaram na capital depois que um grupo de adolescentes voltou de uma viagem de Porto Seguro, mas logo se proliferaram. A Secretaria de Saúde suspeita que o vírus do sarampo se espalhou pela região depois que uma festa de grande porte atraiu pessoas de outros Estados para o local ou por causa da grande movimentação de comerciantes do polo têxtil pernambucano.

Estadão
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