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Pediatra ressalta a importância de vacinar adolescentes contra a Covid-19

Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de adolescentes sem comorbidades e gerou insegurança na população

21 set 2021 - 08h02
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Imunização máxima da população é fundamental para o fim da pandemia
Imunização máxima da população é fundamental para o fim da pandemia
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A pandemia de Covid-19, que assombra o Brasil desde o início de 2020, mudou a vida de todos. Transmitido majoritariamente pelo ar, o coronavírus se espalhou rapidamente e, de acordo com dados do Consórcio de Veículos de Imprensa e das secretarias estaduais de saúde, já infectou mais de 20 milhões de brasileiros. Causando a morte de quase 600 mil pessoas.

Uma das principais formas de combater a doença, além de medidas de segurança, como uso de máscaras, higienização constante das mãos e isolamento social, é a vacinação em massa. E, desde que começou no Brasil, a campanha pela imunização contra a Covid-19 já diminuiu o ritmo de contágio do coronavírus. Para se ter uma ideia, no último domingo (19), o país registrou o menor número de mortes - 239 - desde novembro de 2020.

De acordo com os especialistas, essa queda é reflexo do avanço da imunização. "A vacinação é um dos fatores, senão o principal, que colaborou para essa melhora", conta o Dr. Paulo Telles, pediatra e neonatologista pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). Porém, a decisão do Ministério da Saúde, na última quinta-feira (16), de suspender a vacinação em adolescentes sem comorbidades gerou uma dúvida na cabeça de muitas pessoas. Afinal, as vacinas são realmente seguras?

Para o Dr. Paulo Telles não restam dúvidas: sim, a vacina é segura para todos! "A informação que todos os bons profissionais da área da saúde deveriam passar, agora, para vocês é simples: sim! A vacina é segura, é eficaz e vai ser feita para esta faixa etária. Se você vacinou o seu filho, fique tranquilo. Se não vacinou, logo chegará a vez dele", atesta o médico.

"Infelizmente, tivemos um grande impasse e informações confusas no portal do Ministério da Saúde, nestes últimos dias, causando grande comoção e um verdadeiro Fla x Flu nas redes sociais, entre grupos favoráveis e contrários à aplicação da vacina em adolescentes. E a entrevista coletiva do Ministro da Saúde, que deveria ajudar a acalmar ânimos e esclarecer dúvidas, não deixou a população mais tranquila", lamenta o Dr.Telles.

De acordo com o especialista, um indício claro de que as vacinas são seguras e eficazes é a aplicação delas em adolescentes com comorbidades. "Se realmente existissem riscos maiores que os benefícios, nem mesmo este grupo deveria estar liberado para ser imunizado. Não há evidências científicas que possam justificar a decisão de interromper a vacinação de adolescentes, com ou sem comorbidades. A verdade é que a afirmação do ministro, nesse pronunciamento, foi inconsistente", reitera.

Outros países, como Alemanha, Canadá, Estados Unidos e França já estão vacinando crianças entre 12 e 15 anos e, de acordo com o médico esse é o principal caminho para vencer a pandemia de Covid-19 e retomar à vida "normal" o quanto antes.

"Já está bastante claro que para minimizar ao máximo a circulação viral deve-se proteger o maior número de pessoas de qualquer faixa etária e, assim, ajudar a evitar o surgimento de novas variantes. Para conseguir a tão falada imunidade de rebanho, precisaremos vacinar crianças e adolescentes para atingirmos a taxa máxima de pessoas vacinadas e reduzir a circulação e a taxa de transmissão comunitária", finaliza o Dr. Telles.

Saúde em Dia
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