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Paralisia facial e cegueira são alguns dos sintomas da intoxicação por dietilenoglicol

Informação foi dada pela Secretaria da Saúde de Minas Gerais; temor fez aumentar o número de pessoas que buscam por informação em unidades do SUS

21 jan 2020 - 13h29
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BELO HORIZONTE - Pacientes internados com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol depois que beberam a cerveja Belorizontina, da Backer, correm risco de morrer, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Eles têm alterações neurológicas como cegueira, perda de movimentos e paralisia facial.

Até ontem à noite, eram 19 notificações de intoxicação pela substância, com quatro mortes - uma delas confirmada para a presença de dietilenoglicol. De manhã, a pasta havia informado que 14 pessoas estavam internadas em estado grave, todas na rede particular de Belo Horizonte. Os pacientes estão sendo tratados com etanol, que funciona como antídoto e barra a metabolização do dietilenoglicol.

Entre o total de registros, 17 são homens. A maioria dos intoxicados (12) é de Belo Horizonte. E o número de intoxicações pode aumentar, segundo o superintendente de Vigilância e Saúde do Estado, Felipe Laguardia. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte colocou em monitoramento mais 16 pessoas que procuraram a rede de saúde e disseram ter bebido a cerveja Belorizontina.

Temor

A diretora de Vigilância Epidemiológica da prefeitura, Lúcia Paixão, afirmou que, com o início dos casos de intoxicação, foi registrado aumento na procura por unidades de saúde. Não há, porém, dados sobre esse aumento. "O SUS (Sistema Único de Saúde) passou a ser procurado agora, com a divulgação. Muito pelo temor". Os sintomas iniciais - dores abdominais e vômitos - começam até 72 horas depois da ingestão da substância tóxica.

A prefeitura de Belo Horizonte identificou o descarte irregular de garrafas da cerveja - o que pode colocar em risco pessoas em situação de vulnerabilidade, como moradores de rua. A entrega deve ser feita na Vigilância Sanitária do Município.

Estadão
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