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Para conter surto, China proíbe funerais de vítimas do coronavírus

Restos mortais terão de ser cremados e não devem ser transportados entre diferentes cidades, segundo protocolo emitido pelo país asiático

2 fev 2020 - 19h22
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Os mortos pelo surto de coronavírus na China, que já infectou mais de 14 mil pessoas, não podem ser enterrados onde seus parentes desejam nem mesmo terão direito a uma cerimônia de despedida. Neste domingo, 2, o governo da China emitiu um protocolo rigoroso para o tratamento de cadáveres, como parte de seus esforços para controlar o surto.

Os restos mortais dos infectados pelo novo coronavírus terão de ser cremados em uma funerária designada e perto do local onde se encontram - não serão transportados entre diferentes regiões e não serão preservados por sepultamento ou outros meios, diz um protocolo emitido pela Comissão Nacional de Saúde, pelo Ministério dos Assuntos Civis e pelo Ministério da Segurança Pública.

As tradições fúnebres, como cerimônia de despedida, são proibidas e os corpos devem ser desinfetados e colocados em um saco selado por trabalhadores médicos e não podem ser abertos após a vedação. As funerárias devem enviar pessoal e veículos especiais para entregar os corpos de acordo com a rota designada, e esses devem ser cremados em crematórios designados, segundo a diretriz.

Casamentos adiados

A China também pediu o adiamento dos casamentos planejados para este domingo, dia 2 de fevereiro. A data é considerada, neste ano, um dia de sorte para o casamento, pois o 02022020 é um número palíndromo (a leitura pode ser feita da esquerda para a direita ou vice-versa).

As autoridades da Província de Hubei, epicentro do coronavírus, anunciaram neste sábado que também suspenderão os registros de casamento a partir de segunda-feira até um novo aviso.

Primeira morte fora da China

Segundo os dados mais recentes, o número de mortes aumentou neste domingo para 305, enquanto que o número de infectados com a doença no território chinês está em 14.380.

Até agora, todos as mortes haviam ocorrido na China. Mas, neste domingo, houve a confirmação de que um homem de nacionalidade chinesa morreu nas Filipinas. A vítima esteve em Wuhan, epicentro do novo coronavírus. /EFE e AFP

Estadão
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