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Os perigos da obesidade infantil

Os quilos em excesso adquiridos na infância e adolescência podem trazer muitos problemas de saúde no futuro

19 dez 2020 - 11h43
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Os hábitos dos jovens mudaram muito nas últimas décadas. As brincadeiras de rua tão comuns antigamente se tornaram, muitas vezes, inviáveis - principalmente nos grandes centros urbanos. E a comida caseira foi substituída pelo fast-food e outras opções pouco saudáveis, como os ultraprocessados. Como resultado, o sobrepeso e obesidade têm aparecido cada vez mais cedo na vida das pessoas. 

"Uma pesquisa do Ministério da Saúde constatou que 30% das crianças no Brasil sofrem com a obesidade infantil. Obviamente, isso tem relação com o estilo de vida, tempo de tela e excessos alimentares", fala Marcio Atalla.

Obesidade infantil prejudica a saúde dos jovens

"Antigamente, acreditava-se que os problemas de saúde decorrentes do sobrepeso só apareceriam na vida adulta, na forma condições de saúde como hipertensão e diabetes. Hoje, sabemos que isso não é verdade", alerta. 

Os problemas decorrentes da obesidade infantil, portanto, já se manifestam em crianças e jovens. Por meio de exames, é possível constatar alterações nos níveis de glicose no sangue, pressão alta e colesterol alto. 

Como o excesso de peso, usualmente, é decorrente de hábitos inadequados na alimentação e do sedentarismo, o jovem acaba tendo seu desenvolvimento emocional e cognitivo afetados. 

O educador físico ainda lembra que obesidade é um processo inflamatório crônico. Isto é, o corpo fica permanentemente inflamado, o que é prejudicial à saúde. 

Três dicas para reverter o quadro

Diminuição do tempo de tela 

A recomendação é que a criança passe cerca de três horas diárias em frente ao celular ou ao computador por dia, excluindo o tempo de escola. 

Atualmente, esse tempo é de cerca de 6 horas, em média. Ou seja, o dobro do ideal. 

Alimentação balanceada 

É responsabilidade do adulto oferecer um cardápio balanceado e variado, privilegiando um prato colorido e repleto de alimentos in natura, para os jovens. 

"É preciso ter uma rotina e controle do que é ingerido, não podendo esses elementos serem deixados a critério das crianças e adolescentes. Também é preciso cuidado com a formação dos hábitos, por exemplo, transformar a sobremesa em recompensa e ordenar que a criança 'limpe o prato'. Isso precisa ser revisto", orienta Atalla. 

Movimento é necessário

O sedentarismo é uma mazela que atinge adultos e jovens mundialmente. Cerca de 83% dos jovens no Brasil não faz a quantidade de atividade física recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isto é, cerca de uma hora diária. 

"As crianças deveriam brincar mais, mas por questões de segurança e culturais isso não ocorre. Além disso, é preciso diminuir as horas que a criança passa sentada", coloca. 

Foto: Marcio Atalla
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