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OMS investiga morte de 11 pessoas na Libéria, mas descarta ebola como causa

28 abr 2017 - 13h18
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que está ajudando as autoridades da Libéria a determinar o que fez com que 19 pessoas adoecessem e 11 delas morressem quase imediatamente por razões desconhecidas, mas, por enquanto, descartou que a origem do problema seja o vírus ebola.

Entres os doentes que permanecem vivos, cinco estão hospitalizados, dois deles em estado crítico.

A Libéria foi um dos três países - ao lado de Guiné e Serra Leoa - que sofreu em 2014 e 2015 a maior epidemia de ebola da história.

A porta-voz da OMS, Fadela Chaib, explicou que "esta semana" as autoridades da Libéria relataram a morte inesperada de várias pessoas no hospital Francis Grant, na cidade de Greenville, sem que fosse possível determinar o motivo.

As investigações das autoridades de saúde locais determinaram que todas as pessoas que adoeceram estiveram presentes no enterro de um líder religioso local.

Diante da possibilidade de que se tratasse de um novo foco de ebola, as autoridades liberianas iniciaram uma investigação em sete amostras "provenientes dos falecidos e descartou que se tratasse da doença", especificou a porta-voz.

Chaib não soube dizer por que apenas sete amostras foram analisadas, nem pôde indicar se estas serão analisadas por outros especialistas da região, como o Instituto Pasteur em Dacar, no Senegal.

O que Chaib confirmou é que funcionários da OMS que já estavam na Libéria estão colaborando com as autoridades locais, bem como especialistas dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, silga em inglês) dos Estados Unidos.

Todos os doentes apresentavam febre alta, diarreia, vômitos e outros sintomas similares aos apresentados por pessoas infectadas com ebola.

Diante dessa situação, as autoridades locais estabeleceram as medidas de precaução para evitar o contágio, como isolar os pacientes e usar trajes de proteção especial ao lidar com os mesmos.

Além disso, as autoridades estão investigando todos os pacientes para saber o que eles fizeram nos dias anteriores à manifestação dos sintomas, para ver se há outro vínculo entre eles, além de terem comparecido ao enterro.

"Estão investigando se houve, por exemplo, contaminação alimentar, ou do ambiente, se pode haver outro patógeno, outro vírus, outra bactéria", explicou Chaib.

A epidemia de ebola na África Ocidental causou mais de 11.300 mortes e destruiu os já precários sistemas de saúde locais, mas, desde então, o sistema de vigilância tem sido reforçado.

EFE   
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