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OMS diz que covid-19 é a mais grave emergência global de saúde desde criação do alerta

Após seis meses da doença ser classificada desta forma, Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde se reunirá para reavaliar pandemia

27 jul 2020 - 08h56
(atualizado em 31/7/2020 às 10h01)
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira, 27, que a pandemia do novo coronavírus é a pior emergência de saúde pública de interesse internacional decretada pela organização. "É a sexta vez que uma emergência de saúde global é declarada pelo Regulamento Sanitário Internacional, mas essa é facilmente a mais grave".

Na próxima quinta-feira, 30, fará seis meses que a agência deu essa classificação para a situação covid-19 e o Comitê de Emergência se reunirá nesta semana para reavaliar a pandemia.

Tedros ressaltou que, quando esse status foi atribuído ao vírus, em 30 de janeiro, havia apenas 100 casos da doença fora da China e nenhuma morte. De acordo com a organização, os números referentes à pandemia praticamente dobraram nas últimas seis semanas. As infecções chegaram a marca de 16 milhões no mundo e, as mortes, a 640 mil.

O diretor-geral também afirmou que, apesar das mudanças nesses seis meses, a base das medidas de combate permanece a mesma: encontrar os casos por meio de testagem e rastreamento de contatos, isolar suspeitos e confirmados, oferecer tratamento àqueles com a doença.

Também tem sido sempre recomendado pela entidade manter distância entre pessoas, evitar aglomerações e locais fechados, higienizar as mãos sempre que possível e usar máscaras em locais recomendados pelas autoridades.

"Onde essas medidas são seguidas, os casos caem. Onde elas não são, os casos sobem", disse o diretor-geral. Ele apontou casos de países que foram bem-sucedidos em suprimir grandes surtos - como Alemanha, China, Canadá e Alemanha - e outros que controlaram a transmissão antes da explosão de casos, como Vietnã, Nova Zelândia, Ruanda e Tailândia.

Controle na reabertura

A OMS também alertou para a necessidade de controlar rapidamente surtos locais e casos individuais de covid-19 naqueles países que suprimiram a doença e, agora, reabrem os serviços. Para a entidade, a melhor estratégia nesses locais é encontrar o equilíbrio entre retomada de atividades e manter a trasmissão em níveis baixos.

"Já havíamos dito anteriormente que, quando as sociedades se abrissem e a mobilidade aumentasse, veríamos o retorno da doença", disse o diretor do programa de emergências da entidade, Michael Ryan. "O real teste da capacidade de resolução de um país é quão rápido ele detecta esses sinais de que a doença voltou".

Ryan explicou que, se a vigilância e a identificação sobre esses focos forem feitas de forma ágil, não é necessário tomar ações generalizadas, como lockdown em todo o país. "Se você entender o caminho do vírus com precisão, você pode tomar medidas com precisão".

Estadão
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