Para além de produtos químicos! Saiba usar a alimentação a favor do crescimento capilar
Especialista explica que dieta saudável pode favorecer o crescimento das madeixas
Para acelerar o projeto Rapunzel, muitas mulheres acabam se expondo há diversos tipos de tratamentos, seja com produtos industrialmente elaborados ou pelas misturas caseiras, porém, nem sempre são tão efetivos assim. O que poucos sabem é que uma alimentação balanceada também conta a favor para um crescimento capilar positivo.
De acordo Letícia Bortolini, dermatologista, além de uma dieta saudável, é possível também usar xampus e condicionadores de boa qualidade, selecionados para cada tipo de cabelo e de couro cabeludo. "Lavar os cabelos em dias alternados também é importante, pois não deixa o couro cabeludo sujo por muito tempo porque isso gera irritação e entope os orifícios dos fios com oleosidade e queratina, o que irá prejudicar o crescimento", explica.
Porém, para ir além de produtos para o couro cabeludo e cabelo, saiba que é possível também adequar sua alimentação. Dessa forma, com ajuda de especialistas, confira os melhores meios de usar a alimentação ao favor das suas madeixas:
Mais proteínas no prato
Segundo Marcella Garcez, professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)s, os fios de cabelo são formados basicamente de queratina, uma proteína. No entanto, o ideal é apostar no consumo de alimentos ricos nesse nutriente, como peixe, frango, carne magra, ovos e feijão.
Quanto mais água, melhor!
Lembre-se: quanto mais hidratado seu corpo estiver, mais hidratada será a sua pele, cabelo e unhas. Não é novidade para ninguém que o líquido ajuda a remover todas as toxinas do seu organismo, deixando tudo mais saudável.
"Além disso, ela é fundamental para a absorção dos nutrientes dos demais alimentos, garantindo pele e cabelos radiantes", explica o médico nutrólogo Juliano Burckhardt, membro Titular da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Adicione minerais e vitaminas
Várias vitaminas e minerais podem ser encontradas nos fios, como o silício orgânico, zinco e cálcio (além do ferro) e vitaminas (como a vitamina E e o complexo B). Porém, é a ingestão de alimentos que são fontes desses nutrientes faz muito mais efeito.
Alimentos como semente de linhaça, castanha de caju e amendoim são alguns exemplos. "Além das proteínas, minerais metálicos como ferro e cobre, presentes, por exemplo, no fígado, também possuem participação importante na saúde capilar, da mesma maneira que as vitaminas do complexo B, como a biotina", completa Marcella.
Invista na soja e em alimentos com ferro
Poucos sabem, mas soja melhora a circulação no couro cabeludo, diminuindo o risco da queda e que os fios fiquem opacos e quebradiços. Além disso, tudo o que for rico em ferro, como carnes vermelhas, fígado e leguminosas, como feijão é importante para a saúde capilar.
"A falta de ferro é uma das principais causas da queda, pois este mineral faz parte da formação dos glóbulos vermelhos, e nutre os folículos capilares, o que deixa os fios mais fortes", explica Juliano.
Aposte nos aminoácidos do arroz e lentilhas
Quando combinados, esses aminoácidos dão origem a proteínas que formam o colágeno e a queratina, componentes que fortalecem os cabelos. "Se consumidos regularmente, estes alimentos protegem os fios da queda", clarifica Juliano.
Diga não ao excesso de açúcar
Nada melhor do que uma sobremesa bem açucarada, não é mesmo? Porém, saiba que antes de se esbaldar nos doces, o aumento de insulina provocado pela ingestão de açúcar faz com que sejam liberados hormônios que inibem a divisão celular da raiz capilar, além de provocar um processo inflamatório que afeta o couro cabeludo, favorecendo o afinamento dos fios e a queda capilar.
Fontes: Letícia Bortolini: dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Juliano Burckhardt, Médico Nutrólogo e Cardiologista, membro Titular da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Marcella Garcez, Médica Nutróloga e Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR.
