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Fome ou gula? Saiba diferenciar!

Especialista explica os três principais motivos que impulsionam a vontade de comer

19 set 2021 - 16h02
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Não sabe diferenciar fome de gula? Descubra!
Não sabe diferenciar fome de gula? Descubra!
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Com a ansiedade à flor da pele em tempos de pandemia, muitas pessoas acabam recorrendo à comida ao se sentirem tristes ou alegres. De petisco em petisco, o indivíduo se acostuma com uma dieta pautada no excesso de alimentos e perde o controle ao não saber diferenciar fome ou gula. Sendo assim, é importante investigar se essa vontade de comer é comportamental, emocional ou física.

De acordo com Edivana Poltronieri, especialista em obesidade, a rotina é, geralmente, regida por hábitos e emoções que influenciam muito a nossa alimentação. "Esses fatores têm conexão direta com o que comemos e a frequência com que fazemos isso. Entender cada caso pode ajudar a detectar o tipo de fome e a controlar os impulsos", explica.

Dessa forma, para saber diferenciar fome de vontade de comer, entenda as 3 principais motivações para a fome:

1- Comportamental

Poucos sabem, mas a fome é guiada por hábitos. De acordo com Poltronieri, o corpo não sente a necessidade em comer, mas o cérebro manda uma mensagem, programada por nossos hábitos, de que está na hora de se alimentar, mesmo se a última refeição aconteceu em pouco tempo.

Nesse caso, o melhor é estabelecer novos hábitos! "Não é fácil, mas é possível. O cérebro se acostuma com tudo o que é imposto a ele. Por exemplo, se o emprego exige que a gente passe a acordar em um horário que não estamos acostumados, nos primeiros dias talvez precisemos da ajuda de um despertador, mas logo passaremos a despertar sozinhos. Isso acontece porque reeducamos o corpo, e com a alimentação não é diferente", explica.

Lembre-se: a adaptação é desafiadora, mas o corpo logo vai processar de forma natural o novo hábito.

2- Emocional

Como já dito antes, a fome surge em picos de tristeza ou alegria, visto que a comida pode servir de consolo ou de recompensa. Porém, saiba que esse descontrole não tem relação com os hábitos, mas com impulsos.

"O corpo não está com fome, mas a pessoa precisa comer, e geralmente são sempre alimentos bem gordurosos, para se sentir aliviada emocionalmente. Porém, logo depois, chega o sentimento de culpa e esse ciclo, a longo prazo, faz com que a pessoa crie uma relação negativa com a comida", clarifica.

3- Física

Essa é a fome que surge por sinais físicos, como estômago roncando. Nesse tipo, a pessoa entende quando é o momento de parar e consegue avaliar com calma as opções que têm no cardápio. "Não é a fome movida por impulsos, mas sim por satisfação", esclarece.

A fome na quarentena

Após três meses de confinamento é normal o surgimento de novos hábitos alimentares, saudáveis ou não, segundo a médica. "Ansiedade e estresses já estavam entre as doenças do século antes do confinamento, mas foram agravadas durante este período. Por termos acesso a comida com mais facilidade, fica mais difícil controlar a fome emocional", explica.

Segundo Poltronieri, também é preciso ficar de olho nos serviços de delivery. "Os aplicativos de comida são práticos, mas podem nos deixar mais suscetíveis a alimentos processados e calóricos".

Por isso, ela indica que seja feita uma programação para as refeições do almoço e jantar. Ela recomenda deixar as refeições prontas e congeladas, visto que diminui as chances de maus hábitos alimentares.

Ademais, outra dica é controlar a quantidade do que se come. "Frutas, por exemplo, são ótimas opções de sobremesa, mas podem ter o efeito contrário quando consumidos em excesso, considerando que algumas delas tem altos índices de açúcares", desvenda.

O segredo é policiar a quantidade de frutas e de oleaginosas, pois são alimentos calóricos e que as pessoas petiscam sem prestar atenção na quantidade.

Fonte: Edivana Poltronieri, especialista em obesidade.

Saúde em Dia
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