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Coronavírus

Não há expectativa de vacinação contra covid-19 até 2021

Segundo especialista da Organização Mundial da Saúdo, apesar do progresso no desenvolvimento da vacina, uso não é esperado até 2021

22 jul 2020 - 14h15
(atualizado às 15h32)
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O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou nesta quarta-feira, 22, que apesar das boas notícias quanto aos resultados das candidatas a vacina contra covid-19, é preciso se manter realista quanto aos prazos.

Pessoa manipula frasco com etiqueta nomeando vacina contra covid-19
Pessoa manipula frasco com etiqueta nomeando vacina contra covid-19
Foto: Dado Ruvic / Reuters

"Será a primeira parte do ano que vem antes de vermos as pessoas serem vacinadas", disse durante sessão de perguntas e respostas, ao lado da líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove. "A ideia de que teremos uma vacina em dois ou três meses e, de repente, esse vírus terá passado... Adoraria dizer isso a vocês, mas não é realista".

Ryan ressaltou que todas as vacinas que passaram pelas fases 1 e 2 foram aprovadas para prosseguir à fase 3, em termos de segurança e capacidade de gerar resposta do sistema imunulógico, o que é um sinal positivo.  "Nós estamos fazendo um ótimo progresso, não estamos perdendo candidatas até agora",

Ele explicou que a fase 3, que se iniciou recentemente para cerca de cinco vacinas, consiste em testes no mundo real, quando o imunizante é administrado em pessoas fora de ambiente controlado e é observado se elas são protegidas do vírus que circula. 

Apesar dos resultados preliminares positivos, o diretor de emergências ressaltou que certas precauções são imprenscindíveis antes de adiministar a vacina à população em massa. "Temos que ter certeza que elas são efetivas e isso leva um tempo. Estamos acelerando o máximo possível, mas não vamos, de forma alguma, pegar atalhos quando o assunto é segurança".

Outro aspecto que Ryan esclareceu foi a taxa de efetividade da imunização, já que nenhuma vacina é capaz de proteger 100% das pessoas. "Não sabemos em que ponto estamos nisso. Precisamos esperar para saber quão efetiva será essa proteção e quanto vai durar".

O diretor declarou que a OMS, além de assegurar a segurança da vacina, tem focado também na distribuição uma vez que forem aprovadas, para conseguir escalar a produção e expandir o acesso ao maior número de pessoas. 

Maria Van Kerkhove disse que a organização espera a criação de uma vacina eficiente contra a doença mas, enquanto isso, as pessoas devem se concentrar em ações que funcionam para conter o problema, como o uso de máscaras, o distanciamento físico, isolamento dos casos suspeitos e dos doentes e o rastreamento de contatos.

Estadão
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