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Na fronteira do Amazonas, Roraima tem ocupação total de UTI no principal hospital do Estado

Secretaria Estadual de Saúde informou que que não há mais vagas desde quinta-feira nos leitos da unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de Roraima

15 jan 2021 - 21h00
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BOA VISTA - O Hospital Geral de Roraima (HGR), principal unidade de saúde do Estado fronteiriço com o Amazonas, conta com ocupação total dos leitos para pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) desde quinta-feira, 14. Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, 15, pela Secretaria Estadual de Saúde de Roraima (Sesau-RR), o porcentual permanece.

O documento divulgado no início da noite informou que o HGR conta com 30 leitos para paciente de UTI, cinco para paciente em situação semi-intensiva e 75 clínicos para adultos. Agora, a ocupação é de 100% para os pacientes de UTI, 100% para semi-intensiva e 95% para os leitos clínicos. No início da semana, a taxa de ocupação no HGR para UTI era de 93% e de 92% para leitos clínicos.

Hospital Geral de Roraima não tem mais vagas na UTI.
Hospital Geral de Roraima não tem mais vagas na UTI.
Foto: Sesau/Divulgação / Estadão

O Estado conta com quatro unidades hospitalares: o Hospital da Criança Santo Antônio, administrado pela prefeitura de Boa Vista, na capital; o Hospital Geral de Roraima, o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré e o Hospital Regional Governador Ottomar de Sousa Pinto, localizado no município de Rorainópolis, na fronteira com o Amazonas. Nesta, são cinco leitos de UTI e cinco leitos clínicos, com taxa de 60% e 20% de ocupação, respectivamente.

Contabilizando todas as unidades de saúde, Roraima conta com 221 leitos, sendo 55 de UTI, cinco semi-intensiva, 137 clínicos para adultos e mais 24 clínicos para recém-nascidos. A taxa de ocupação é de 69% dos leitos de UTI (38 ocupados), 100% dos leitos de semi-intensiva (cinco ocupados), 64% dos leitos clínicos para adultos (87 ocupados) e 38% dos leitos clínicos para recém-nascidos (nove ocupados). Vale ressaltar que o Estado deixou de contar com os leitos disponibilizados pelo Hospital de Campanha na Área de Proteção e Cuidados (APC), coordenado pela Operação Acolhida, desde o início de dezembro do ano passado.

Hospital de campanha

A Secretaria Estadual de Saúde informou que o estado está atento à situação enfrentada em outros estados brasileiros e toma as medidas necessárias para conter o avanço da doença em Roraima.

Também anunciou a reativação do hospital de campanha e a disponibilização de 80 novos leitos de enfermaria a partir da próxima segunda-feira, 18. Outra ação é a readequação do HGR para voltar a ser a unidade referência no atendimento das demandas relacionadas a covid-19.

"A nossa proposta é que o HGR volte a atender as demandas exclusivas de covid-19, de forma que as outras demandas não relacionadas à doença sejam atendidas em outras unidades. Para isso será feita a reorganização do fluxo de atendimento no Pronto Atendimento Cosme e Silva, o credenciamento de novos leitos particulares, bem como outras medidas para que essa mudança seja realizada com segurança e organização", informou o secretário estadual de saúde, Marcelo Lopes, em recente coletiva de imprensa.

Oxigênio

As unidades estaduais de saúde estão abastecidas com cinco tanques de oxigênio, o que representa uma quantidade suficiente para atender a demanda pelos próximos 14 dias. A expectativa é que na próxima terça-feira, 19, haja novo abastecimento.

Sobre os equipamentos, a Sesau informou que foi feito repasse semanal incluindo diversos insumos e EPI's, como avental, máscara descartável, luva de procedimentos, bolsa coletora de urina, esparadrapo, gaze, fralda e seringas. Nesta sexta-feira seria feito novo repasse.

"É importante ressaltar que nas últimas semanas houve aumento da demanda de pacientes que procuram atendimento, uma vez que relatam enfrentar dificuldades para conseguir atendimento em algumas UBS's (Unidade Básica de Saúde)", informou ainda a Sesau.

O Estadão entrou em contato com a Sesau para saber se a pasta adotou alguma medida de prevenção para impedir o aumento de casos, em especial, por conta das aglomerações no final do ano, porém, não obteve retorno.

Estadão
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