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Laboratório brasileiro desenvolve teste de coronavírus

Exame detecta segmentos de nucleoproteínas exclusivas do causador da covid-19

26 mai 2020 - 19h49
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Um laboratório brasileiro desenvolveu teste que detecta o coronavírus diretamente de amostras clínicas coletadas da mucosa do nariz ou da garganta por um cotonete e funciona como alternativa para a falta de insumos do exame RT-PCR, que detecta o RNA do vírus. Por meio da espectrometria de massas, processo que identifica moléculas analisando sua massa e estrutura, o material colhido é avaliado para constatar a presença dos três segmentos exclusivos de nucleoproteínas do vírus causador da covid-19, uma descoberta dos profissionais do Grupo Fleury, que criou o método de diagnóstico.

As proteínas presentes no material colhido são extraídas por partículas magnéticas e se tornam moléculas menores que passam por um processo chamado cromatografia, que as separam por polaridade. Depois, há uma triagem por meio da espectrometria de massas. A infecção pela covid-19 é confirmada com o resultado positivo da presença de proteínas exclusivas do coronavírus.

O teste já está disponível em hospitais e laboratórios de fora de São Paulo, com os quais o Fleury tem contrato, e é recomendado para pessoas que estão com os sintomas da covid-19 há pelo menos três dias. Segundo a empresa, é possível analisar mais de 1.500 amostras em um dia. "A gente não tem em nenhum lugar, que esteja publicado, esse tipo de teste", ressalta Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury. A empresa colocou na internet um artigo sobre o novo exame para avaliação da comunidade científica - uma revista especializada, cujo nome não foi divulgado, está examinando o texto.

O teste foi validado usando 562 amostras que já haviam sido analisadas por meio do exame RT-PCR, após detectar mais de 83% dos casos positivos. O resultado fica pronto em até três dias.

Segundo o Grupo Fleury, o novo teste é voltado para atender regiões distantes dos grandes centros do País onde não há coleta por meio de unidades. O valor do exame deve ser 15% menor que o do RT-PCR. No entanto, o custo final será definido para o consumidor pelos próprios laboratórios.

Estadão
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