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Itália estuda estender vacina da AZ para menores de 60 anos

Objetivo seria acelerar campanha de imunização do país

3 mai 2021 - 07h59
(atualizado às 08h16)
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O governo da Itália avalia a possibilidade de estender a aplicação da vacina anti-Covid da AstraZeneca para pessoas com menos de 60 anos de idade.

Frasco da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca em Londres
18/02/2021 REUTERS/Henry Nicholls
Frasco da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca em Londres 18/02/2021 REUTERS/Henry Nicholls
Foto: Reuters

A informação foi revelada nesta segunda-feira (3) pelo coordenador das ações do governo de combate à pandemia, general Francesco Figliuolo, na inauguração de um centro de imunização em Roma.

"A vacina da AstraZeneca é aconselhável para determinadas classes, mas a EMA [Agência Europeia de Medicamentos] diz que ela pode ser aplicada em todos. Há efeitos colaterais, porém são infinitesimais. Se não usarmos todas as vacinas, o ritmo da campanha não atingirá os objetivos nos prazos programados", declarou Figliuolo.

Segundo o general, a possível ampliação do uso da fórmula da AstraZeneca está sendo discutida com o Instituto Superior da Saúde (ISS), órgão técnico-científico do governo, e com especialistas técnicos da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa).

Inicialmente, a vacina da AstraZeneca era usada na Itália apenas em pessoas com menos de 65 anos devido à falta de dados sobre sua eficácia em idosos. No início de março, no entanto, o país seguiu a recomendação de vizinhos europeus e estendeu o imunizante para todas as faixas etárias.

Contudo, um mês depois, as autoridades sanitárias italianas recomendaram o uso preferencial da vacina em maiores de 60 anos por causa do surgimento de casos graves de trombose aliada a baixa contagem de plaquetas em não-idosos.

Esse tipo de evento é bastante incomum, tanto que a EMA não recomendou nenhuma restrição para a fórmula da AstraZeneca, alegando que os benefícios do produto superam os riscos.

Até o momento, quase 21 milhões de vacinas anti-Covid já foram aplicadas na Itália, sendo que 6,25 milhões de pessoas - 10,5% da população nacional - já tomaram as duas doses da AstraZeneca, da Pfizer ou da Moderna ou a dose única da Janssen e completaram o ciclo de imunização.

O objetivo do governo é vacinar 60% da população até o fim de julho.   

Ansa - Brasil   
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