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Governo do Rio Grande do Sul quer pesquisas científicas contra coronavírus com retorno a curto prazo

Entre os temas para os quais o governo busca pesquisas estão o desenvolvimento de testes rápidos e com custos competitivos

7 abr 2020 - 16h58
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BRASÍLIA - O governo do Rio Grande do Sul convidou pesquisadores para que apresentem projetos científicos úteis ao combate aos impactos do novo coronavírus e que podem dar retorno a curto prazo.

Entre os temas para os quais o governo busca pesquisas estão o desenvolvimento de testes rápidos e com custos competitivos para para covid-19 e indicação de estratégias para o fim do isolamento social.

Um edital emergencial foi lançado pelo governo de Eduardo Leite (PSDB). O documento frisa que o momento exige soluções com bases científicas. Leite é um dos governadores com ressalvas à maneira como o presidente Jair Bolsonaro governa e conduz a crise.

Na chamada, o governo faz um apelo ao "grande número de cientistas altamente qualificados que o Rio Grande do Sul possui".

"A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19, representa uma ameaça de magnitude não enfrentada antes neste último século. Autoridades de saúde do mundo todo estão envidando esforços para conter a pandemia e salvar vidas. Em situações como essa, ciência é o instrumento mais eficaz na busca por soluções", diz o documento.

Até a manhã desta terça-feira, 7, o Rio Grande do Sul tinha 508 casos confirmados de covid-19 e oito mortes em decorrência da doença. O governo local tem defendido o isolamento social como principal estratégia de contenção do novo coronavírus.

Os pesquisadores têm entre os dias 7 e 16 de abril para apresentar as propostas. O resultado final com as propostas aprovadas será divulgado a partir do dia 4 de maio.

O governo gaúcho, por meio de sua Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapergs), vai financiar até R$ 400 mil por projeto. Ao todo, deverão ser gastos R$ 5 milhões. O prazo de execução é de 12 meses.

Os projetos solicitados devem ser relacionados aos seguintes temas:

  • desenvolvimento de testes diagnósticos rápidos e de custo competitivo para a Covid-19;
  • estudos epidemiológicos capazes de acompanhar a evolução da doença e de indicar estratégias para o fim do distanciamento social;
  • desenvolvimento de produtos antivirais candidatos terapêuticos para a Covid-19;
  • desenvolvimento, melhoria, simplificação e aceleração da produção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • desenvolvimento de serviços remotos de saúde;
  • criação de soluções digitais para controle, monitoramento e previsão da disseminação do vírus;
  • uso de inteligência artificial e de tecnologias digitais para referenciamento de pacientes e para melhoria da gestão do sistema de saúde;
  • desenvolvimento e avaliação de técnicas de desinfecção e segurança sanitária;
  • avaliação de impactos na saúde mental dos profissionais da área de saúde e da população em geral, bem como de impactos socioeconômicos e de mitigação de efeitos.
Estadão
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