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Fiocruz reafirma parceria com a AstraZeneca para pesquisar vacina contra a covid-19

Fundação firmou um contrato de encomenda tecnológica, que garante acesso a 100 milhões de doses do ingrediente farmacêutico ativo para o processamento final da vacina; testes devem ser retomados no País nesta segunda-feira, 14

12 set 2020 - 15h38
(atualizado às 19h22)
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RIO - Após a universidade de Oxford anunciar neste sábado, 12, que vai retomar os testes da vacina contra a covid-19, a Fiocruz reafirmou sua parceria com a AstraZeneca, dona dos direitos de produção, distribuição e comercialização da vacina que está sendo desenvolvida pela universidade britânica. Segundo a assessoria de imprensa da fundação, nada mudou desde a última terça-feira, quando assinou contrato com o laboratório.

A Fiocruz é uma das entidades envolvidas na pesquisa da vacina. No último dia 8, firmou com a AstraZeneca um contrato de encomenda tecnológica, que garante acesso a 100,4 milhões de doses do ingrediente farmacêutico ativo para o processamento final da vacina, e também a transferência total da tecnologia.

No mesmo dia da assinatura do contrato, o laboratório e a universidade de Oxford anunciaram a suspensão da fase 3 dos testes, após uma das participantes do estudo apresentar reação à vacina. Hoje, porém, foi divulgada a retomada dos testes, após revisões na pesquisa.

Em nota, a universidade afirmou que cerca de 18 mil pessoas receberam as vacinas do estudo como parte do ensaio. "Em grandes ensaios como este, espera-se que alguns participantes não se sintam bem e todos os casos devem ser avaliados cuidadosamente", traz a nota.

No começo da noite deste sábado, a Anvisa aprovou a retomada no Brasil dos testes da vacina de Oxford. Especialistas da agência avaliaram, em reunião realizada na tarde deste sábado, 12, as informações recebidas da agência reguladora britânica, do Comitê Independente de Segurança do estudo clínico e da empresa patrocinadora do estudo, a AstraZeneca.

"Após avaliar os dados do evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo, a Anvisa concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado. É importante destacar que a Anvisa continuará acompanhando todos os eventos adversos observados durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes", disse a agência em nota divulgada no começo da noite.

Em nota divulgada também neste sábado à noite, a AstraZeneca informou que os ensaios clínicos da vacina contra o coronavírus serão reiniciados no Brasil na próxima segunda-feira, 14. A decisão veio após a confirmação emitida pela Anvisa.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou, mais cedo, que os testes da vacina de Oxford devem ser retomados no Brasil logo após liberação da Anvisa e da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep).

Coordenador da Conep, Jorge Venancio afirmou ao Estadão, também mais cedo, que o órgão já havia dado o aval para retomada no País. "A Conep recebeu o parecer do comitê independente de segurança, analisou e aprovou a continuidade da pesquisa", disse ao Estadão.

Estadão
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