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Estatina é mais eficaz quando aliada à dieta do Mediterrâneo

28 dez 2018 - 10h26
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Para aqueles que já tiveram um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral, a combinação de estatinas e dieta mediterrânea parece ser a opção mais eficaz para reduzir o risco de mortalidade, especialmente de causas cardiovasculares. É o resultado de um estudo italiano realizado no I.R.C.C.S. Neuromed, Pozzilli, Itália, com mais de 1.000 adultos recrutados no Moli-sani Study, publicado no International Journal of Cardiology. A dieta mediterrânea tradicional é rica em frutas, legumes, leguminosas, cereais, azeite, vinho com moderação, peixe e baixo teor de carne e produtos lácteos. Eles descobriram que as estatinas e essa dieta juntas eram mais eficazes, em comparação com uma ou outra considerada separadamente, na redução do risco de mortalidade cardiovascular. Provavelmente, a dieta mediterrânea facilitou o efeito benéfico das estatinas que, em no estudo da vida real, eram geralmente usadas em doses baixas.

A combinação favorável de estatinas essa dieta parece agir, em vez de reduzir os níveis de colesterol, reduzindo a inflamação subclínica, uma condição que predispõe a um maior risco de doença e mortalidade. Esse achado é de particular interesse, especialmente à luz de nossa observação de que um alto nível de inflamação subclínica duplicou o risco de mortalidade em pacientes que já tiveram um ataque cardíaco ou derrame. Se seus dados forem confirmados, novas possibilidades terapêuticas poderão ser concebidas para aqueles que já tiveram um evento cardiovascular, permitindo uma melhor modulação da intervenção farmacológica em relação aos hábitos de vida. Este é um novo aspecto da medicina personalizada.

Referência

Bonaccio, M, ET al. Interaction between Mediterranean diet and statins on mortality risk in patients with cardiovascular disease: Findings from the Moli-sani Study .  International Journal of Cardiology , 2018

Estadão
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