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Epidemia de cólera no Iêmen causou 34 mortes em 11 dias, diz OMS

9 mai 2017 - 15h13
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A epidemia de cólera no Iêmen causou 34 mortes em nove de suas províncias em apenas 11 dias e, além disso, foram registrados 2.022 casos de diarréia aguda e suspeita de cólera, informou nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Estamos preocupados pelo ressurgimento de casos em Sanaa, Ad Dali, Ibb, Ta'izz, Dhamar, Hajjah, Al Bayda, Al Mahwit, Asima e Hudaydah", apontou à Agência Efe o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic.

"A OMS está em um estado de elevado alerta para conter o recente aumento de casos suspeitos de cólera", acrescentou.

O porta-voz disse que prevenir a expansão do surto é uma alta prioridade da OMS e "estamos coordenando esforços com todas as partes para assegurar uma resposta eficaz e rápida".

Entre 27 de abril e 7 de maio houve um total de 2.022 casos de diarréia aguda e suspeita de cólera e 34 mortes em nove províncias, de acordo com a OMS.

No total, 39 amostras de fezes deram positivas para cólera, acrescentou a organização internacional.

A taxa de mortalidade desta epidemia está situada atualmente em 1,65%, segundo a mesma fonte, uma cifra bastante alta dado que a ONU considera 1% o limite do que é considerada uma emergência.

Em 25 de abril, o representante da OMS no Iêmen, Nevio Zagaria, alertou em uma entrevista à Agência Efe sobre as doenças transmissíveis no país, com uma epidemia de cólera no país que afetava então 24 mil pessoas.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) apontou em um comunicado que seus profissionais tratam no Iêmen um crescente número de pacientes com cólera e diarréia aguda.

"O número de pacientes aumentou drasticamente durante as últimas duas semanas, alcançando no total mais de 780 casos desde 30 de março", indicou.

A MSF instalou centros de tratamento de cólera em cinco hospitais para isolar e tratar pacientes com sintomas desta doença e para apoiar outras estruturas das autoridades de saúde do Iêmen.

Desde o final de abril, as equipes da MSF trataram 276 pacientes em Dhalea e desde 30 de abril fez mesmo em 263 casos em Hajja, onde 168 foram recebidos nas últimas duas semanas.

Em Amran, Ibb e Ta'izz também foram internados "centenas" de pacientes nas últimas semanas.

O ministério de Saúde Pública e População do Iêmen informou sobre mais de 310 casos em Sanaa.

As capacidades do sistema de saúde iemenita pioraram notavelmente devido ao conflito armado no país.EFE

EFE   
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