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Epidemia de cólera causa ao menos 180 mortes no Iêmen

15 mai 2017 - 14h28
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Pelo menos 180 pessoas morreram pela epidemia de cólera nas últimas três semanas no Iêmen, informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde do governo em Sana, que é controlado pelos rebeldes houthis.

Em um comunicado, as autoridades de saúde elevaram para 11 mil os casos de doentes registrados com diarreia aguda no país árabe desde 27 de abril.

O Ministério detalhou que, entre esses casos, mais de 4 mil pessoas foram registradas com os sintomas da doença na capital. Ontem, no entanto, as autoridades de saúde asseguraram que tinham detectado 2.567 casos nas últimas duas semanas em todos os bairros da cidade.

Além disso, o Ministério anunciou que foram estabelecidos dez centros para colocar em quarentena os pacientes suspeitos de cólera, graças à ajuda de uma ONG internacional.

O responsável do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no Iêmen, Alexandre Faite, anunciou no Twitter que pelo menos 184 pessoas morreram nesta epidemia, em um país afundado em uma guerra civil que já dura mais de dois anos.

Ontem, o Ministério de Saúde declarou o estado de emergência sanitária na capital pela propagação da epidemia.

As autoridades pediram que ONGs locais e internacionais tentem conscientizar a comunidade internacional de que a situação no país é "grave", e que pode se transformar em "uma catástrofe sanitária sem precedentes".

Os primeiros casos da doença foram anunciados em 3 de novembro pela ONU.

Este aumento dos casos de cólera acontece em um país com um sistema de saúde profundamente debilitado após dois anos de conflito entre as forças leais ao presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, e os rebeldes xiitas houthis.

O cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela ingestão de alimentos e água contaminados com a bactéria "vibrio cholerae" e que não apresenta sintomas em casos mais moderados, mas pode provocar a morte em poucas horas se o doente não receber tratamento nos casos mais severos.

EFE   
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