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Em 1ª compra conjunta, países do Mercosul economizam 33% em remédios caros

16 jun 2017 - 16h35
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Buenos Aires, 16 jun (EFE). - Os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) economizaram 33% na primeira compra simultânea de medicamentos caros efetuada nos últimos meses, informou nesta sexta-feira o ministro de Saúde brasileiro, Ricardo Barros, que se reuniu com os demais ministros da área do bloco em Buenos Aires.

Barros e os ministros Jorge Lemus, da Argentina; Antonio Barros, do Paraguai; e Jorge Basso, do Uruguai; além de Tito Pizarro, chefe de Políticas Públicas de Saúde do Chile, país associado, se reuniram hoje na capital argentina para analisar os objetivos da presidência pró-témpore do país, que termina este mês.

De acordo com Lemus, um dos principais temas abordados foi o resultado da primeira compra de medicamentos de alto custo - como para tratamentos contra Aids, hepatite C ou câncer -, que representou uma economia "muito significativa" para os membros do bloco.

"Já temos os primeiros resultados da compra conjunta que é muito importante para os nossos países, porque o preço do medicamento é um componente essencial para o acesso à saúde", indicou ele.

O ministro brasileiro, por sua vez, disse que, nessa primeira compra coletiva, o Mercosul conseguiu um desconto que ronda os 33% e afirmou que a medida é uma "questão política" muito importante, pois "afeta a relação dos países com os laboratórios".

Segundo ele, durante o último ano, o Brasil conseguiu descontos de até US$ 1 bilhão na compra deste tipo de medicamento graças à aquisição de grandes quantidades, mas é importante incentivar a indústria farmacêutica nacional e a transferência de tecnologia e conhecimento aos laboratórios próprios, para obter melhores preços a médio e longo prazos.

Na reunião, os ministros também analisaram o balanço epidemiológico nos países da região. Para Lemus, esse resultado foi muito positivo, especialmente no caso da dengue, com muitos casos a menos do ano anterior.

"Na Argentina, tivemos este ano 22 casos contra os 47 mil de 2016. Temos a colaboração de fatores externos, mas também podemos ver que mais de 20 brotos foram bloqueados pela fumigação, e o sistema e a população responderam muito bem", disse o ministro, lembrando que não se deve "baixar a guarda".

EFE   
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