<h2>Afinal, é normal ter desejos? Pode-se comer peixe cru? Quais os perigos da toxoplasmose? Que vacinas devem ser tomadas antes e durante a gestação? Tire todas as suas duvidas. </h2> <p> Basta ficar grávida para uma série de dúvidas surgir na cabeça da futura mamãe. Afinal, é normal ter desejos? Pode-se comer peixe cru? Quais os perigos da toxoplasmose? Que vacinas devem ser tomadas antes e durante a gestação? Grávida tem mesmo de comer por dois?<br> Para responder essas e outras perguntas comuns entre as mamães de primeira viagem, o Terra reuniu três profissionais de saúde: Jurandir Passos, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica; Ricardo Cunha, médico sanitarista e responsável pelo setor de vacinas do mesmo laboratório; e Luciano Nardozza, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal do Alta Excelência Diagnóstica. Confira e curta sem receios a magia deste período único da vida.<br> <strong>Credito das fotos: Getty Images</strong></p> <ol> <li><strong>É indicado fazer atividade física durante a gravidez? Quais tipos e com que cuidados? </strong></li> </ol> <p>Sim. O que se orienta é que a gestante realize exercícios de baixo impacto, daí a recomendação para a hidroginástica, de preferência aeróbicos e de duração que não ultrapasse os 50 minutos. É bom salientar que, só por estar grávida, o coração da gestante já trabalha com 40% a mais do que antes de engravidar. É como se o coração já estivesse fazendo um exercício constante. Se a carga for aumentada, a gestante tem de ter um acompanhamento bem adequado para que não ultrapasse as suas condições físicas e acabe se colocando mais em risco do que em benefício ao realizar tais exercícios.<br> A musculação pode ser feita, porém sem grandes esforços físicos. Os exercícios devem ser interrompidos nos casos de sangramentos, ameaça de aborto ou presença de contrações uterinas. A gestante sempre deve passar por avaliação cardiológica antes de iniciar as atividades físicas e, se já as fazia, apenas adequá-las ao período gestacional.</p> <ol> <li><strong>Sexo é liberado durante a gravidez? Quais cuidados ter?</strong></li> </ol> <p>Assim como o exercício, a relação sexual só está contraindicada quando há sangramentos, riscos de abortamento ou trabalho de parto prematuro. Fora essas condições, não há motivo para se evitar a relação sexual durante o período gestacional. Ainda assim, é preciso adequar a posição e o esforço empreendido durante o ato para que ele não se torne desconfortável para a mulher. Ao final da gestação, por exemplo, as posições laterais podem ser mais prazerosas à mulher do que ficar deitada com a barriga para cima. </p> <ol> <li><strong>É normal falta de vontade de sexo ou muita vontade de sexo durante a gravidez? </strong></li> </ol> <p>Sim, ambas são normais. De acordo com o ginecolotista Luciano Nardozza, há alterações hormonais e físicas que podem promover, dependendo da grávida, aumento ou diminuição da vontade de fazer sexo. Em geral, no fim da gravidez, pelo desconforto que o aumento abdominal proporcional, há diminuição do apetite sexual.</p> <ol> <li><strong>Sexo durante a gravidez ajuda no parto normal? Por quê?</strong></li> </ol> <p> Não. O que ajuda no parto normal é o preparo do períneo, com exercícios perineais específicos, que podem ser feitos durante o pré-natal.</p> <ol> <li><strong>Há alguma situação que peça abstinência sexual? Qual e por quê?</strong></li> </ol> <p>Como dito na resposta anterior, quando houver alguma complicação gestacional como risco de abortamento, sangramentos ou risco de parto prematuro, a relação sexual está contraindicada. Uma coisa importante a ser dita é no caso de o marido utilizar algum produto que contenha finasterida, droga contra queda de cabelo. Esse medicamento passa através do sêmen ejaculado para a circulação da gestante e atinge o bebê. Se este for do sexo masculino, a finasterida pode influenciar na diferenciação da genitália masculina e poder levar à chamada genitália ambígua. “Portanto, ou o marido para de utilizar o medicamento ou a abstinência sexual deve ocorrer”, complementa Jurandir Passos.</p> <ol> <li><strong>Durante a gravidez, pode-se comer peixe cru ou outro tipo de carne crua? Por quê?</strong></li> </ol> <p> A ingestão de alimentos crus (não colocando aqui os riscos inerentes quando estão estragados ou contaminados por bactérias que podem provocar quadros de intoxicação alimentar e diarreia, caso da shigelose) tem o seu risco relacionado à possibilidade da transmissão de doenças que podem atingir o feto e acabar trazendo riscos de infecção congênita, como a toxoplasmose. <br> Na carne vermelha crua ou mal passada, o toxoplasma pode permanecer com capacidade de infectar a gestante e consequentemente o bebê. A toxoplasmose não é passada através do peixe, mas as pessoas que o estão manipulando podem estar mexendo com outros alimentos crus, como verduras, que podem conter o toxoplasma, e a gestante acabar se contaminando e colocando o seu bebê em risco. Devido a isso, é orientado que a gestante a evite alimentos crus principalmente quando estiver se alimentando fora de casa. Vale reforçar que o ovo também pode ser transmissor da toxoplasmose e a gestante só deve comer ovo com a gema bem dura.</p> <ol> <li><strong>Quais são os perigos da toxoplasmose na gravidez? O que pode causar e por quê?</strong></li> </ol> <p>A toxoplasmose é conhecida popularmente como a “doença do gato”. Na verdade, o gato é somente seu hospedeiro definitivo, onde o ciclo reprodutivo se completa, mas o contágio do ser humano ocorre principalmente quando ingere alimentos contaminados. No homem, o protozoário toxoplasma gondii penetra na corrente sanguínea e atinge os mais diversos órgãos, onde provoca uma destruição focal do tecido. Ele pode atingir a placenta e, consequentemente, o feto. <br> Se considerarmos que a proliferação celular fetal é extremamente grande, qualquer destruição pode acarretar danos profundos nos mais diversos órgãos e ser responsável por quadros de hidrocefalia, hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço), calcificações hepáticas e cerebrais, e corioretinites. “Se houver o diagnóstico durante o período gestacional, deve ser feita a pesquisa de infecção fetal e o tratamento deve ser instituído o mais rápido possível”, orienta o ginecologista Jurandir Passos. </p> <ol> <li><strong>Como evitar a toxoplasmose na gravidez?</strong></li> </ol> <p> Deve-se evitar a ingestão de carne mal passada e de ovos com gema mole, pois são formas comuns de transmissão da toxoplasmose, assim como verduras, frutas e folhas mal lavadas.</p> <ol> <li><strong>Durante a gravidez, pode-se ter contato com gato de estimação? </strong></li> </ol> <p>Embora os gatos e outros felinos sejam hospedeiros definitivos do protozoário toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose, estes animais não são os verdadeiros responsáveis pela transmissão desta doença, tão temida pelas gestantes. “Para que isso fosse possível, seria necessário ter contato direto com as fezes do animal infectado, situação bastante improvável”, afirma o ginecologista Jurandir Passos, ginecologista.<br> Este mito tornou-se conhecido porque, ao evacuar, os gatos despejam o verme na terra e este sobrevive por até seis meses em locais com grande unidade. Em ambientes onde vivem outros animais, como galinhas e vacas, eles acabam se contaminando também por entrarem em contato direto com estas fezes. Sendo assim, a ingestão de carne mal passada e de ovos com gema mole são formas comuns de transmissão da toxoplasmose, assim como verduras, frutas e folhas mal lavadas. <br> Para as gestantes que possuem gatos como animais de estimação, é seguro levá-los ao veterinário para que eles tomem um vermífugo adequado. Não é necessário ter medo de conviver com o bichano, pois ao tomar o vermífugo eles estão sãos e salvos. O mais importante para se preservar da toxoplasmose é tomar cuidados com a alimentação, principalmente a feita fora de casa, evitando as saladas.</p> <ol> <li><strong>Qual é o perigo de consumir bebida alcoólica na gravidez? </strong></li> </ol> <p>O álcool pode ser o desencadeador da chamada “síndrome alcoólica fetal”, que se caracteriza por restrição do crescimento intrauterino, alterações da expressão facial ao nascimento e prejuízo no seu desenvolvimento neuropsicomotor após o nascimento. Esses efeitos aparentemente estão relacionados a alterações no desenvolvimento e funcionamento neuronal do feto. “Até hoje não se tem ao certo a dose exata que poderia levar ao aparecimento dessa síndrome. Há relato na literatura de pequenas doses esporádicas já serem suficientes para trazerem efeitos no desenvolvimento fetal. Devido a essa incerteza o ideal é que a gestante evite o seu consumo durante todo o período gestacional, principalmente nos três primeiros meses”, afirma o ginecologista Jurandir Passos.</p> <ol> <li><strong>Distúrbios de visão são comuns na gravidez? Quais e por quê?</strong></li> </ol> <p> As alterações da visão durante o período gestacional estão relacionadas às modificações que o organismo da mulher sofre devido aos níveis hormonais, às alterações cardiovasculares, às alterações do sistema imunológico, entre outros, e podem ser divididas em três categorias: as alterações fisiológicas da gestação, isto é, induzidas pelos hormônios gestacionais; o agravamento de doenças pré-existentes e o aparecimento de doenças oculares em decorrência de complicações gestacionais como a hipertensão arterial, o diabetes, entre outras. <br> As fisiológicas estão relacionadas a alterações na acomodação visual, intolerância ao uso de lentes de contato e mudanças da pressão intraocular (normalmente há diminuição). Com relação ao agravamento de doenças pré-existentes, a diabetes gestacional pode agravar o quadro de alterações visuais em uma paciente que já apresentava retinopatia diabética, ou levar a piora de quadros inflamatórios como a uveíte (inflamação da íris, do corpo ciliar e da coróide, estrutura localizada perto da retina). Já nos casos das alterações relacionadas à gestação, temos, por exemplo, a cegueira, definitiva ou não, em decorrência de uma pré-eclâmpsia ou de uma diabetes não controlada.</p> <ol> <li><strong>Desejos de comer alimentos específicos são normais? </strong></li> </ol> <p>A vontade de comer alguns alimentos específicos e, às vezes exóticos, são comuns na gestação. Essa ingestão pode estar relacionada a vários fatores. Segundo o ginecologista Jurandir Passos, o principal deles é o cultural. Dentre tantos, há um relato em trabalho americano de gestantes do Alabama que ingeriam argila para diminuir a azia ocasionada pela gestação. <br> Em algumas populações a ingestão de alguns alimentos é colocada como importante para o desenvolvimento adequado do bebê. Outra questão é a ansiedade e a necessidade de atenção esboçada pela gestante na forma de se alimentar. A solicitação de determinados alimentos pode ser, na verdade, uma solicitação de ajuda e amparo, pois a gestação é uma fase da vida da mulher em que a sua insegurança pode estar muito alta. “Outra questão é a mudança do paladar que a gestação traz para a mulher. Nesse último caso, tanto pode favorecer a ingestão de alguns alimentos como também levar à sua aversão.”</p> <ol> <li><strong>Quando a mãe tem desejo de comer algo que não seja comida, como barro, o que isso pode significar?</strong></li> </ol> <p> A ingestão de alimentos incomuns durante ou fora do período gestacional é conhecido como “pica” ou “picamalácia”. “Esse hábito alimentar alterado pode estar relacionado à questão cultural, mas pode estar também relacionado a graus variados de ansiedade e depressão ocasionadas por uma gestação às vezes não desejada”, acrescenta o ginecologista Jurandir Passos. Já se tentou procurar explicações para essa procura por substâncias de baixo valor nutricional ou mesmo sem valor nutricional, mas não há um consenso a respeito desse tema. Vale salientar que a ingestão de substâncias incomuns pode ser um sinal de alerta para a necessidade de apoio psicológico para a gestante.</p> <ol> <li><strong>É verdade que expor os seios ao sol é a melhor forma de preparar os mamilos para a amamentação? </strong></li> </ol> <p>A fissura mamilar está mais relacionada à técnica de amamentação do que propriamente ao preparo do mamilo para a futura amamentação. Isso acontece porque o mamilo é pouco elástico. O bebê, quando mama, faz um movimento coordenado, mordendo e sugando em sequência. Se ele morde o mamilo, o trauma que exerce vai acabar levando a lesões que vão culminar com as fissuras e sangramentos. É importante que ao dar de mamar, a mulher observe a adequada pega da boca do bebê em seu peito. <br> Ele deve abocanhar o máximo possível, sendo que a região que ele deve morder é a da aréola e o mamilo deve estar dentro de sua boca, como o bico da chupeta. Se a mulher perceber que o bebê está mordendo o mamilo, deve introduzir seu dedinho no canto da boca dele, retirar a pega errada e fazê-lo pegar novamente de forma correta. <br> A função do sol é mais cicatrizante. O sol, associado a um pouco do próprio leite materno, é um ótimo auxiliar para a cicatrização das fissuras mamilares. Outra questão é a de muitas mulheres utilizarem métodos abrasivos no mamilo para “prepará-lo” para a futura amamentação. Se o nenê pegar errado, vai rachar do mesmo jeito e a manipulação do mamilo durante o período gestacional pode predispor à ocorrência de contrações uterinas, o que pode levar a riscos para o processo gestacional.</p> <ol> <li><strong>Se a bolsa rompe, é sinal de que pode nascer a qualquer momento? O que fazer?</strong></li> </ol> <p>A ruptura da bolsa fora do trabalho de parto normal pode ocorrer de três formas: prematura, precoce ou tardia. É chamada de prematura acontece em idades gestacionais antes do ideal. Não há como prever se vai ocorrer ou não, mas uma vez que tenha rompido, a mulher deve procurar o atendimento médico mais próximo possível. A ruptura prematura não indica a necessidade do bebê já ter que nascer, mas dependendo da idade gestacional que ela se encontra e se o trabalho de parto inicia, pode ocorrer a perda da gestação. A ruptura precoce é quando ela ocorre logo no início do trabalho de parto, antes de qualquer dilatação, e a tardia quando todo o processo de dilatação e descida do bebê já ocorreu e a bolsa ainda não rompeu.<br> Dentre essas, a prematura é a que traz mais risco para a gestação, como dito acima, pois, se ocorrer no período de inviabilidade do bebê, ou seja, antes da 28ª semana de gestação, o risco de perda é muito alto. Nos casos de ruptura prematura ou nas precoces, a mulher deve se dirigir para o hospital mais próximo a fim de receber os cuidados necessários.</p> <ol> <li><strong>Gestante deve realmente comer por dois? Por quê?</strong></li> </ol> <p>Não. A mulher tem de ter uma ingestão calórica pouco acima do que é considerado normal fora da gravidez, mas nunca exagerar na alimentação. O excesso de peso ganho durante o período gestacional pode aumentar o risco de desenvolvimento do diabetes e até mesmo da hipertensão arterial, sem falar das questões estéticas, como obesidade e estrias.<br> O ideal é que a mulher, de um modo geral, ganhe de 9 a 12 kg na gestação. Trabalhos mostram que ganhos abaixo de 7 kg podem também interferir na evolução da gestação e favorecer o nascimento de fetos pequenos para a idade gestacional. O ginecologista Luciano Nardozza explica que cada paciente e cada gestação tem um ganho de peso particular. “Como regra geral, podemos orientá-la a ganhar 5 kg + 10% do seu peso corporal.” <br> A ingestão alimentar da gestante também deve ser dividida em mais vezes ao longo do dia. O ideal é fazer seis refeições diárias, evitando ficar de jejum por muito tempo, mas também não exagerando para não exceder o ganho de peso. Por isso, recomenda-se que a gestante aumente em no máximo 300 Kcal ao dia sua ingestão calórica e que sua alimentação bem diversificada.</p> <ol> <li><strong>A mulher pode tomar vacinas durante a gravidez? </strong></li> </ol> <p> Há vacinas que a mulher pode tomar durante a gravidez para ter mais proteção contra infecções. Outros tipos de vacina, porém, podem ser perigosos durante a gestação e devem ser evitados. De acordo com o médico sanitarista Ricardo Cunha as indicações são:<br> <strong>Hepatite B (de preferência antes da gravidez)</strong><br> A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível que também pode ser propagada pelo contato com sangue e seringas contaminadas. A vacina é composta por vírus atenuados (vírus vivos que foram modificados de forma que o organismo consiga produzir anticorpos antes que a doença se manifeste). O problema desse tipo de composição é que, como a grávida tende a ficar com a imunidade mais baixa, corre o risco de desenvolver a doença. É um problema bem raro, mas existe uma pequena chance. Para ter mais segurança, o ideal é tomar a vacina antes da gravidez, mas ela pode ser prescrita quando a gestante está mais exposta ao vírus. <br> <strong>Gripe (antes ou durante a gravidez)</strong><br> A mulher grávida corre um risco maior de ter complicações de gripe, ameaçando tanto a sua saúde quanto a do bebê. A vacinação durante a gestação é interessante porque também faz uma proteção indireta ao bebê, uma vez que ele só poderá ser vacinado contra gripe ao completar seis meses de idade. A vacina da gripe não contém o vírus atenuado, sendo mais segura. A época ideal para tomar é no outono, antecipando o inverno que é quando há surtos da doença. <br> <strong>Dupla adulto (dT) - antes ou durante a gravidez</strong><br> A vacina dupla tipo adulto traz mais proteção contra difteria e tétano. Ela deve ser feita aos 14 anos e, depois, a cada 10 anos em dose única. Para quem não foi vacinado na infância, é indicado tomar três doses com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda dose e seis meses entre a segunda e terceira dose. Gestantes também devem seguir essa recomendação: se já foi vacinada com três doses ou mais de vacina contra tétano, deve fazer mais uma dose se já decorrerem mais de cinco anos da última dose. <br> <strong>Coqueluche (antes ou durante a gravidez)</strong><br> Essa doença é causada por uma bactéria transmitida pelo ar, por meio de gotículas de secreção eliminadas ao falar, tossir e espirrar. A vacina DTPa (vacina tríplice acelular) traz prevenção de coqueluche junto com tétano e difteria. Portanto, gestantes que tomarem essa vacina não precisarão tomar a vacina dupla (dT). A partir do segundo semestre deste ano, a DTPa estará disponível gratuitamente para gestantes nos postos de saúde, garantindo maior proteção tanto à mãe quanto ao bebê. <br> <strong>Rubéola, sarampo e caxumba (antes da gravidez)</strong><br> A vacina tríplice viral contra rubéola, sarampo e caxumba contém vírus atenuados da doença (da mesma forma que a vacina da hepatite) e, por isso, deve ser evitada durante a gravidez.</p> <ol> <li><strong>Prisão de ventre é comum em grávidas? </strong></li> </ol> <p>“Sim, a obstipação intestinal ocorre por conta das alterações hormonais e anatômicas. Elas são frequentes na gestação. O tratamento é através de dieta fracionada e mais laxativa (verduras, frutas, líquidos, etc)”, explica o ginecologista e obstetra Luciano Nardozza.</p> <ol> <li><strong>É verdade que cafeína não é recomendada durante a gestação e amamentação?</strong></li> </ol> <p>Sim. A cafeína ultrapassa a barreira placentária e, em altas doses, pode funcionar como estimulante para o feto.</p> <ol> <li><strong>Fumar pode trazer que prejuízos ao feto? Por quê?</strong></li> </ol> <p>De acordo com Luciano Nardozza, algumas substâncias presentes no cigarro, como a nicotina, são vasoconstritoras e podem "fechar" as artérias placentárias. Desta forma, o feto recebe menos nutrientes e oxigênio, o que pode causar a restrição do crescimento fetal.</p> <ol> <li><strong>A mulher pode pintar os cabelos durante a gravidez? Por quê?</strong> <strong></strong></li> </ol> <p>A pintura só nas extremidades e o reflexo é permitido na gestação. Porém, a tintura que atinge o couro cabeludo pode ser prejudicial ao feto, pois muitos destes compostos contêm metais pesados.</p> <ol> <li><strong>Com quanto tempo de gestação é possível saber o sexo do bebê?</strong> <strong></strong></li> </ol> <p>A partir da oitava semana de gestação, por meio do exame de sexagem fetal. Todas as mulheres grávidas que desejam saber o sexo do bebê podem fazer o exame, porém há restrições para aquelas que foram transplantadas ou que receberam transfusão de sangue, uma vez que as células do doador podem se implantar no receptor e, com isso, interferir no resultado. <br> Em caso de gravidez de gêmeos idênticos, os chamados univitelinos, o resultado obtido com o teste de sexagem fetal é válido para ambos os bebês. Para gêmeos fraternos (presença de duas placentas), a presença de DNA masculino no sangue da mãe significa que pelo menos um dos gêmeos é menino. No entanto, se o resultado apontar ausência do cromossomo Y, o teste indica que se trata de gêmeas meninas. Apesar de o exame ter índice de acerto equivalente a 99%, existem algumas alterações cromossômicas fetais que podem levar ao erro na leitura do teste – que seria o 1% da margem de erro. “Então, durante o pré-natal, é indicado que a mãe faça uma ultrassonografia para confirmar o sexo”, aconselha Luciano Nardozza.</p> <ol> <li><strong>Gestantes podem fazer sauna?</strong></li> </ol> <p>Não é recomendado. A sauna causa uma vasodilatação periférica (mais sangue na pele e músculos, menos sangue nas vísceras, como o útero), além de eliminar nutrientes pelo suor (água, sódio e potássio), que são importantes para a grávida.<strong></strong></p> <ol> <li><strong>Durante a gestação, a mulher pode visitar um parente doente? </strong></li> </ol> <p> Deve-se evitar o contato com doenças infectocontagiosas, mesmo que a grávida já tenha tido esta doença na infância.</p> <ol> <li><strong>Corrimento, sangramento e diarreia podem indicar gravidez? </strong></li> </ol> <p> Não. São sinais muito inespecíficos.</p> <ol> <li><strong>Algumas mulheres fazem teste de gravidez com pasta de dente ou cloro. A prática é confiável?</strong></li> </ol> <p>Não. Os exames devem ser realizados no laboratório de confiança.</p> <ol> <li><strong>Do ponto de vista da saúde, gravidez na adolescência é boa ou ruim? </strong></li> </ol> <p>É ruim, uma vez que a gestação na adolescência pode acarretar uma série de intercorrências, como aborto, prematuridade, pré-eclampsia, entre outras. Quanto mais precoce for a gestação na adolescente, maior o risco.</p> <ol> <li><strong>O tempo de gestação deve ser contado logo após a relação sexual? </strong></li> </ol> <p>A data da mesntruação, segundo Luciano Nardozza, deve ser contada a partir do primeiro dia da última menstruação e não do dia da relação ou concepção. A gestação completa tem 40 semanas.</p> <ol> <li><strong>Com quantos meses de gestação o leite começa a sair? Por quê?</strong></li> </ol> <p> A secreção que sai pelo mamilo durante a gestação chama-se colostro e tem composição química diferente do leite. Por volta do três meses de gestação já se nota esta secreção com a expressão das mamas.</p> <ol> <li><strong>Com quantos meses de gestação a mãe pode notar que o bebê está se mexendo?</strong></li> </ol> <p>O bebê começa a se mexer a partir da 22ª semana.</p> <ol> <li><strong>O que fazer para amenizar enjoos na gravidez? </strong></li> </ol> <p> A dieta fracionada e correta (sem condimentos, pouco açúcares e pouco fermentada) associada a medicamentos, melhora os enjoos.</p> <ol> <li><strong>É verdade que o ácido fólico é indicado para gestantes?</strong></li> </ol> <p>Sim. Nos primeiros meses da gestação e até mesmo antes da concepção (dois meses antes) é indicado o acido fólico para prevenir defeitos de fechamento do tubo neural no feto, como a anencefalia.</p> <p> </p> mais especiais de saúde