PUBLICIDADE

Coronavírus se desloca pela Europa e Oriente Médio; EUA se preparam para enfrentar epidemia

Centenas de casos confirmados na Itália e dezenas de novos no Irã provocam alerta mundial

26 fev 2020 - 13h10
Compartilhar
Exibir comentários

Novos casos do coronavírus surgiram na Europa. Dezenas de novas infecções no Irã intensificam os temores de uma propagação descontrolada do vírus no Oriente Médio. As bolsas de todo mundo caem. As autoridades de saúde nos Estados Unidos alertam que é apenas uma questão de tempo para o vírus invadir as costas americanas. Um clima político tóxico em Washington complica ainda mais o desafio de saúde pública.

Esses alertas persistentes e preocupantes provocaram nervosismo em todo o mundo na quarta-feira, 26, mesmo que a epidemia aparentemente esteja regredindo na China.

Pela primeira vez, mais casos novos foram reportados fora da China do que dentro deste país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O número de pessoas infectadas na China na terça-feira era de 411; no resto do mundo foi 427. O número total de pessoas com o vírus chegou agora a 80.980 no mundo todo, com a morte de três mil pessoas.

Na União Europeia, onde as fronteiras são abertas entre as nações membro novos casos foram registrados na Áustria, Croácia, França, Alemanha, Grécia, Espanha e Suíça. Muitos estão ligados à Itália, onde as autoridades vêm lutando para conter uma epidemia que já atingiu pelo menos 325 pessoas, a maioria no norte perto de Milão.

Autoridades do bloco advertiram que os países precisam fazer mais na sua preparação para novos surtos e no sentido de uma resposta mais coordenada.

Três hotéis - na Áustria, na França e nas Ilhas Canárias, na Espanha - foram fechados esta semana depois que hóspedes foram testados positivos para o vírus. As medidas para limitar o contágio diferem de lugar para lugar, mas agrupamentos de pessoas foram os primeiros a serem cancelados em cidades e vilarejos onde o vírus foi detectado.

Na Ásia, as autoridades chinesas alertaram que a queda no número de infectados pode ser apenas temporária, ao passo que dirigentes sul-coreanos ainda estão lutando para conter o maior surto do vírus fora da China. O Exército dos Estados Unidos confirmou que um soldado estacionado na Coreia do Sul foi testado positivo para o vírus.

Com as autoridades de saúde americanas se preparando para uma epidemia de coronavírus nos Estados Unidos, o governo Trump tem sido alvo de críticas de parlamentares republicanos e democratas por suas declarações contraditórias sobre a gravidade da crise, a falta de transparência e uma preparação displicente para fazer face a uma epidemia.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade