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Consumo de maconha aumenta mais de 3 pontos em 7 anos na Argentina

29 jun 2017 - 16h12
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O consumo de maconha na Argentina subiu 3,1 pontos percentuais nos últimos sete anos e a proporção de quem ingeriu álcool pelo menos uma vez aumentou de 21% para 34% entre a população de 12 a 17 anos, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

O presidente argentino, Mauricio Macri, conduziu hoje na Casa Rosada, sede do governo em Buenos Aires, a apresentação do Estudo de Consumo de Substâncias Psicoativas na população dentre 12 e 65 anos, elaborado pela Secretaria de Políticas Integrais sobre Drogas da Nação Argentina (Sedronar).

O relatório apontou que o consumo de maconha na população geral subiu de 2,3% para 5,4% nos últimos sete anos, um aumento que entre os adolescentes foi de 1,3% a 2,7%.

Além disso, os jovens de 18 a 24 anos são os que manifestam maior propensão a consumir drogas - três de cada dez -, enquanto que 10% as experimentaria se tivesse a oportunidade.

Entre a população de 12 a 17 anos a proporção de quem alguma vez ingeriu álcool aumentou de 21% em 2010 para 34% este ano.

O estudo especifica também que cerca de 48% dos adolescentes e dos jovens bebeu de forma abusiva no último mês, 39,6% declarou ter dois ou mais amigos ou familiares que se alcoolizavam e 25,1% apontou que tem dois ou mais amigos que usam drogas.

"Por trás de cada cifra há uma criança que se sente perdida, um professor que vê seu aluno jogar seu futuro pela janela, uma mãe angustiada que nem sequer dorme a cada vez que seu menino sai de casa", declarou Macri durante a apresentação do relatório.

Macri esteve acompanhado no ato por María Eugenia Vidal, governadora da província de Buenos Aires, distrito mais povoado do país e onde estão sendo realizadas algumas das maiores operações contra o narcotráfico.

"Essas máfias se acreditam intocáveis, crescem frente à ausência do Estado e se consolidam quando se apropriam de partes do Estado, mas os argentinos elegeram uma mudança e por isso estamos aqui", ressaltou o presidente.

"Com um Estado transparente vamos acabar com as fontes desses comportamentos mafiosos e já estamos vendo os resultados", acrescentou Macri um ano e meio após assumir a presidência, depois de 12 anos de governos kirchneristas.

Neste sentido, advertiu que "a maior máfia é aquela onde o Estado é cúmplice", mas assegurou que com o seu governo "isso terminou".

Em declarações à imprensa, a ministra de Desenvolvimento Social, Carolina Stanley, destacou a importância do relatório apresentado hoje para saber qual é a situação atual das adições na Argentina após sete anos "de não conhecer os números".

A ministra disse que se trata de uma "verdade dura e dolorosa" e atribuiu essa situação à "possibilidade de ter acesso à droga em qualquer lado".

EFE   
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