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Com novo acordo recorde, EUA já destinaram US$ 8 bi para garantir 7 vacinas diferentes em estudo

Governo norte-americano fechou nesta sexta com a farmacêutica francesa Sanofi SA e sua parceira britânica GlaxoSmithKline Plc um acordo de US$ 2,1 bi para cobrir 100 milhões de doses e o custeio dos testes e da produção

31 jul 2020 - 09h46
(atualizado às 12h58)
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O governo norte-americano pagará US$2,1 bilhões (R$10,9 bilhões) para as farmacêuticas Sanofi e GlaxoSmithKline por vacinas contra covid-19 para 50 milhões de pessoas e também para garantir os testes e fabricações. As empresas divulgaram a informação nesta sexta-feira, 31. O valor pago é o maior até o momento da Operação Warp Speed, uma iniciativa da Casa Branca focada em acelerar o acesso a vacinas e tratamentos para combate ao novo coronavírus, que já injetou mais de U$ 8 bilhões para garantir sete vacinas diferentes em fase de estudo.

O acordo, anunciado pelos departamentos de Saúde e Serviços Humanos e de Defesa dos Estados Unidos, funciona a um custo de cerca de US$ 42 (R$217) por pessoa imunizada.

É quase o mesmo preço de US$ 40 (R$207) por paciente que os EUA concordaram em pagar a Pfizer e a BioNTech, quando foi assinado o contrato de US$ 2 bilhões (R$ 10,3 bilhões) por 50 milhões de doses da candidata a vacina na última semana.

O negócio fechado com a Sanofi-GSK se refere a 100 milhões de doses, duas por pessoa, e dá ao governo a opção de comprar 500 milhões de doses a um preço não especificado. A Sanofi e a GSK planejam iniciar os testes clínicos da vacina - realizados em humanos - em setembro.

A GSK afirmou em comunicado que mais da metade do total do financiamento será para desenvolvimento da vacina, incluindo ensaios clínicos. O restante irá para aumento de produção e administração de doses.

A imunização das duas empresas é uma combinação baseada nas vacinas contra gripe da Sanofi e em uma tecnologia complementar da GSK denominada adjuvante, projetada para melhorar a potência.

A Sanofi receberá a maior parte dos recursos do negócio. Este é o segundo contrato da dupla franco-britânica de farmacêuticas referente a candidatas a vacina contra covid-19. No início desta semana, eles concordaram em fornecer 60 milhões de doses para o governo britânico.

  • Fase exploratória ou laboratorial: Fase inicial ainda restrita aos laboratórios. Momento em que são avaliadas dezenas e até centenas de moléculas para se definir a melhor composição da vacina.
  • Fase pré-clínica ou não clínica: Após a definição dos melhores componentes para a vacina, são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em experimentações in vitro.
  • Fase clínica: É a testagem do produto em seres humanos. Esta fase do processo se divide em três:
  • Fase 1 - a primeira etapa tem por objetivo principal testar a segurança do produto. São testados poucos voluntários, de 20 a 80, geralmente adultos saudáveis.
  • Fase 2 - a segunda etapa da testagem em seres humanos analisa mais detalhadamente a segurança do novo produto e também sua eficácia. Em geral, é usado um grupo um pouco maior, que pode chegar a centenas de pessoas.
  • Fase 3 - na última etapa o objetivo é testar a segurança e eficácia do produto especificamente no público-alvo a que se destina. Nesta etapa, o número de participantes pode chegar a milhares. Mesmo depois da aprovação, nova vacina continua sendo monitorada, em busca de eventuais reações adversas.
Estadão
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