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Com 327 mortes, SP bate recorde de óbitos e de novos casos

Estado chegou a 7.994 óbitos nesta terça-feira; total de novos casos ultrapassou a marca de 118 mil

2 jun 2020 - 13h07
(atualizado às 13h58)
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Em meio a um processo de abertura econômica e redução das regras de distanciamento social, o Estado de São Paulo voltou a bater recorde tanto no número de mortes nas últimas 24 horas, que chegou a 327 (elevando o total de óbitos para 7.994 registros), quanto no número de novos casos de pacientes com coronavírus, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 2, pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann. O total de infecções subiu de 111.296 para 118.295, aumento de 6.999 pacientes de segunda para terça-feira.

Movimentação de pessoas em rua da Cocaia em Ilhabela, SP, no início da tarde desta segunda-feira, dia 1 de junho.
Movimentação de pessoas em rua da Cocaia em Ilhabela, SP, no início da tarde desta segunda-feira, dia 1 de junho.
Foto: MÁRCIO PANNUNZIO/FOTOARENA / Estadão Conteúdo

A taxa de isolamento social no Estado na segunda-feira foi de 47%. Na Grande São Paulo, o índice foi de 49%, ainda abaixo das metas que o governo vinha divulgando antes do início do programa de abertura, chamado Plano São Paulo.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Social, Patrícia Ellen, argumentou que há expectativa de que o número de casos da covid-19 cresça, uma vez que, de acordo com ela, o Estado está fazendo mais testes de detecção da infecção. "Nossa expectativa é que esse número (de casos) cresça, porque nós vamos testar muito mais", disse. Por outro lado, ainda segundo ela, "a expectativa é que o crescimento de óbitos desacelere, que o crescimento de internações desacelere e que o crescimento de novos casos confirmados deve crescer um pouco nas próximas semanas"

"A projeção é de termos mais casos, e mais óbitos, enquanto tivermos a presença do vírus. O que é importante é o tamanho desse crescimento", enfatizou. Ela disse que o número de mortes cresceu 2% na semana passada, mas 29% na semana anterior.

Os secretários e técnicos presentes na coletiva foram questionados sobre o crescimento dos dados, que ocorre enquanto parte das cidades do Estado, especialmente no interior, terem sido autorizadas a realizar reaberturas. "Não podemos tomar decisões com base nas decisões de um dia", afirmou Patrícia. "Não fizemos esse sacritífio nesses dois meses para colocar tudo a perder", afirmou a secretária, ao dizer que era "complicado" explicar todos os critérios que estão sendo usados para determinar as reaberturas.

"Esse momento de reabertura foi muito bem estudado", afirmou Carlos Carvalho, novo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus. "Na reunião que tivemos na semana passada, chegamos à conclusão, baseada em fatos, baseados em números, que seria possível fazer essa testagem (de reabertura), com regras claras, com regras transparentes", argumentou.

Estadão
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