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China coloca 41 milhões em isolamento contra coronavírus

Já são 32 milhões de pessoas afetadas pela medida de restrição; em Wuhan será construído um hospital para tratar pacientes

24 jan 2020 - 05h11
(atualizado às 10h17)
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A China aumentou para 13 o número de cidades "em quarentena" por conta do surto do coronavírus 2019-nCoV, que já contaminou mais de 800 pessoas e matou 25. Os últimos municípios a terem os meios de transporte bloqueados, incluindo conexões ferroviárias e aéreas, são Xiaogan, Enshi e Zhijiang. Todos ficam na província de Hubei, cuja capital, Wuhan, é o epicentro do surto. As cidades isoladas pelas autoridades somam mais de 41 milhões de habitantes.

Em muitas delas, também foram fechados lugares públicos, como teatros, cinemas e bares de karaokê. Além disso, o governo interditou alguns trechos da Grande Muralha da China, enquanto a Disneylândia de Xangai interrompeu suas atividades momentaneamente.

Mulher usa máscara de proteção na Praça da Paz Celestial, em Pequim
22/01/2020
REUTERS/Jason Lee
Mulher usa máscara de proteção na Praça da Paz Celestial, em Pequim 22/01/2020 REUTERS/Jason Lee
Foto: Reuters

Outra medida das autoridades sanitárias chinesas para barrar o avanço das infecções é a construção de um hospital com 1.000 leitos dedicado ao tratamento de pacientes infectados com um novo vírus, segundo a mídia estatal.  De acordo com estudos, a contaminação de humanos pode ter começado em cobras.

O risco de contaminações cresceu por conta do feriado do ano-novo lunar, que começa nesta sexta (24), quando muitos chineses viajam para visitar familiares ou se divertirem.

Veja a lista das cidades chinesas que estão em isolamento para evitar a propagação do coronavírus:

  • Wuhan
  • Huanggang
  • Jingzhou
  • Huangshi
  • Qianjiang
  • Xiantao
  • Ezhou
  • Lichuan
  • Chibi

Apesar da situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu não declarar o novo coronavírus como emergência em saúde pública de interesse internacional por acreditar que que o surto ainda está localizado.

No Brasil, o Ministério da Saúde colocou o País em alerta para o risco de transmissão do coronavírus, mesmo sem nenhum caso suspeito em território nacional. Profissionais de saúde e hospitais já estão sendo orientados de como agir caso o vírus chegue. O ministério descartou os cinco casos suspeitos que foram notificados por não se enquadrarem na definição estabelecida pela OMS.

Para ser classificado como caso suspeito, o paciente precisa apresentar os sintomas da doença (febre, tosse e dificuldade para respirar) e ter histórico de viagem para a região chinesa onde há surto. / COM INFORMAÇÕES DA ANSA E DE AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Quarentena e luta por alimentos: como está o epicentro do surto de coronavírus na China:
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