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Campanha nacional de vacinação contra gripe começa nesta quarta

Mutirão vai até 31 de maio; na primeira etapa, serão imunizadas crianças de 1 ano a menores de 6 anos de idade, gestantes e puerpérias

9 abr 2019 - 11h59
(atualizado em 10/4/2019 às 14h23)
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Começa nesta quarta-feira, 10, acampanha nacional de vacinação contra a gripe. O mutirão contra o vírus Influenza será entre os dias 10 de abril e 31 de maio e ocorrerá em duas etapas. No dia 4 de maio, ocorrerá o Dia D de vacinação, quando os postos funcionarão no sábado, das 8h às 17h.

Na primeira fase da campanha, a prioridade será vacinar crianças de 1 ano a menores de 6 anos de idade, além de gestantes e puérperas (com até 45 dias após o parto). Idosos, profissionais da saúde e professores, pacientes com doenças crônicas, povos indígenas, adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e presidiários serão vacinados após o dia 22 de abril. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é vacinar pelo menos 90% desse público.

Em todo o Brasil, foram registrados 212 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, dos quais 145 foram por H1N1, sete por H3N2 e 28 por influenza B. Foram 39 óbitos - 38 por H1N1 e 1 por influenza B. No Estado de São Paulo, foram registrados 11 casos, mas não há registros de óbitos.

Quem foi imunizado no ano passado, deve tomar a vacina novamente neste ano, tendo em vista que a vacina precisa ser reformulada para proteger contra as cepas do vírus que estão em circulação.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses trivalentes devem conter vírus similares ao influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09, influenza A/Switzerland/8060/2017 (H3N2) e influenza B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87).

Para as doses quatrivalentes, deve ser incluído o vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013 (linhagem B/Yamagata/16/88). Essa vacina é oferecida na rede privada.

São Paulo

No Estado de São Paulo, a expectativa é imunizar 90% da população-alvo de 13,2 milhões de paulistas contra o vírus.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a meta é atingir a cobertura vacinal mínima de 90% entre os grupos prioritários - ou seja, mais de 4,9 milhões de idosos (pessoas com 60 anos ou mais), aproximadamente três milhões de crianças com idade a partir de seis meses e menores de 6 anos de idade; 1,3 milhões de profissionais de saúde; 451 mil gestantes e 74 mil puérperas, além de pessoas com comorbidades, como asma, diabetes, imunodeprimidos e outros.

As ações serão desenvolvidas em mais de 11,4 mil postos de vacinação em todo o Estado, entre postos fixos e volantes, com a mobilização de mais de 39 mil profissionais.

Antecipação

De acordo com o Ministério da Saúde, o mutirão será iniciado 15 dias antes das campanhas realizadas nos anos anteriores.

No Amazonas, a mobilização teve início em 20 de março, pois o Estado começou a apresentar casos e óbitos pela doença a partir de fevereiro.

O Ministério informou que, em 2018, foram registrados 17 casos e três mortes por influenza no Estado, dos quais um caso e um óbito foram por H1N1. Neste ano, até março, foram confirmados 138 casos de H1N1 - 28 pessoas morreram com a doença.

Perguntas e respostas

Quais são as diferenças entre os vírus que causam gripe?

De acordo com o Ministério da Saúde, existem três tipos de vírus influenza que circulam no Brasil: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas e não tem impacto na saúde pública, não estando relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias (A/H1N1 e A/H3N2).

O que muda de ano para ano?

Um vírus pode sofrer mutação e trazer infecções mais sérias porque não encontra uma população protegida por exposições anteriores.

A vacinação cobre todos os vírus? Como o imunizante é feito?

A vacina contra gripe ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra todos os tipos. O mesmo ocorre na rede particular. A definição da composição do imunizante muda a cada ano, considerando as cepas que mais circularam no Hemisfério Sul, no ano anterior. Para 2019, a Organização Mundial da Saúde definiu a composição da vacina com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B.

Quem não está no grupo prioritário deve buscar vacina na rede privada?

Segundo especialistas, quem puder, deve se proteger.

Há outras formas de se prevenir, além da vacina?

Sim. É recomendável evitar aglomerações e lugares fechados. Além disso, recomenda-se lavar bem as mãos com água e sabão, usar álcool em gel para higienização, manter os ambientes arejados e evitar o contato com pessoas gripadas e resfriadas.

Estadão
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