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Saiba tudo sobre câncer nas glândulas salivares, doença que atinge Heloisa Périssé

Atriz iniciou tratamento e compartilha com fãs, através das redes sociais, a luta contra o tumor

29 ago 2019 - 12h38
(atualizado às 14h11)
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A atriz Heloisa Perissé.
A atriz Heloisa Perissé.
Foto: Estevam Avellar / Globo / Divulgação / Estadão

Dores no rosto, pescoço ou na boca, além de dormência na face, fraqueza dos músculos e problemas para abrir a boca amplamente podem ser alguns dos sintomas do câncer das glândulas salivares.

Elas estão localizadas sob a língua e muitos nervos e estruturas passam pela região, que pode ser afetada por tumores formados nas glândulas salivares.

Em agosto, Heloisa Périssé anunciou que havia descoberto o tumor e que brevemente iria iniciar o tratamento. "Estou 'sumidinha', né? Pois é, a vida dá umas cambalhotas interessantes! [risos] O motivo foi um tumor nas minhas glândulas salivares e agora vou me voltar 100% para minha saúde!", contou.

O oncologista do Instituto Vencer o Câncer Fernando Maluf afirma que o câncer das glândulas salivares é raro. "Em geral, é um tumor que tem diversos subtipos e é bstante curável com tratamento cirúrgico. Em alguns casos, é necessário o tratamento complementar com radioterapia", explica.

Ouça entrevista que o médico Fernando Maluf concedeu a reportagem do E+:

Nesta terça-feira, 27, a atriz publicou, no Instagram, uma mensagem para os seguidores e agradeceu por todo apoio e carinho. "Comecei hoje o meu tratamento e graças a Deus correu tudo bem! Glória a Deus, um dia a menos!", escreveu ela no recado.

Obrigada, obrigada, obrigada ??

Uma publicação compartilhada por Heloisa Périssé ?????? (@heloisaperisse) em

Principais sinais e sintomas de câncer nas glândulas salivares

Alguns desconfortos podem ser característicos do tumor nas glândulas salivares, de acordo com o Instituto Oncoguia:

- Massa ou nódulo no rosto, pescoço ou boca.

- Dor contínua no rosto, pescoço ou boca.

- Diferença entre o tamanho ou forma de um dos lados do rosto ou pescoço, comparado com o lado contralateral.

- Dormência em parte do rosto.

- Fraqueza nos músculos do rosto.

- Problemas para abrir a boca amplamente.

- Drenagem de líquido à região auricular.

- Dificuldade para engolir.

Estes sinais e sintomas também podem ser causados por outras condições clínicas. Ainda assim, se você tem qualquer um desses sintomas, consulte seu médico imediatamente para que a causa possa ser diagnosticada, e, se necessário, iniciado o tratamento.

Tratamento

O tratamento para câncer de glândulas salivares depende do estágio da doença. O estado de saúde geral do paciente e a possibilidade de disseminação do tumor também são levados em consideração pelos médicos.

1º Estágio: Estes tumores são pequenos e estão contidos na glândula salivar. Se você tem um câncer de glândula salivar estágio I, provavelmente será recomendada cirurgia para remover parte ou a totalidade da glândula salivar.

A radioterapia pode ser indicada após a cirurgia, se você tem um câncer de grau intermediário ou alto ou um carcinoma adenoide cístico, se o tumor não pode ser totalmente removido ou se as margens da área retirada contém células cancerígenas.

2º Estágio: Os cânceres de glândulas salivares estágio II são maiores, mas ainda estão confinados à glândula salivar. A cirurgia, também, é o principal tipo de tratamento. Também podem ser retirados os linfonodos do pescoço do mesmo lado do tumor.

Se o tumor é de grau intermediário ou alto, um carcinoma cístico das adenoides, se não pode ser completamente removido e se as margens da amostra retirada contêm células cancerígenas pode ser indicada a radioterapia para destruir possíveis células remanescentes da cirurgia.

A radioterapia pode ser uma opção como o principal tratamento se a cirurgia potencialmente puder provocar sérios problemas com a alimentação, fala ou aparência e para pacientes que se recusam a fazer a cirurgia. Mas, não está claro se a radioterapia tem a mesma probabilidade de curar a doença, como a cirurgia.

3º Estágio: Estes tumores são ainda maiores e/ou estão se desenvolvendo fora da glândula salivar ou já atingiram os linfonodos do pescoço. Geralmente é realizada uma cirurgia mais extensa, com retirada da glândula salivar que contém o tumor, tecidos adjacentes e todos os linfonodos do pescoço.

Para tumores de baixo grau este pode ser o único tratamento necessário, desde que todo o tumor possa ser removido. Mas, em muitos casos, a cirurgia é seguida por radioterapia. Também pode ser realizada quimioterapia, mas ainda está sendo estudada a sua utilidade.

A radioterapia com (ou sem) quimioterapia pode ser administrada como o tratamento principal, se a cirurgia não for uma boa opção, por exemplo, se a remoção cirúrgica do tumor poderia provocar problemas com a alimentação, fala ou aparência.

4º Estágio: Os cânceres de glândulas salivares estágio IV são mais difíceis de serem curados, especialmente se o tumor se disseminou para outros órgãos. Alguns destes tipos de câncer podem ser tratados com cirurgia, desde que todo o tumor possa ser removido. Isto seria seguido, possivelmente, por radioterapia e quimioterapia.

Mas, na maioria das vezes, a radioterapia é realizada como tratamento principal para tentar reduzir o tamanho do tumor, aliviar a dor, sangramento ou outros sintomas provocados pela doença. Isto pode ser combinado com a quimioterapia. Se a doença se disseminou para outros órgãos, a químio pode reduzir ou retardar o crescimento do tumor por um determinado tempo e ajudar a aliviar os sintomas.

Como estes tipos de cânceres são difíceis de serem tratados, uma opção seria participar de um estudo clínico com novos medicamentos.

Estadão
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