PUBLICIDADE

Obesidade precisa ser combatida desde a infância

Na semana do Dia Mundial da Obesidade, veja os principais problemas e como evitar a obesidade nas crianças e nos adolescentes

3 mar 2021 - 16h47
Compartilhar
Exibir comentários
Obesidade precisa ser combatida desde a infância
Obesidade precisa ser combatida desde a infância
Foto: Getty Images / Sport Life

Nesta quinta (4), é o Dia Mundial da Obesidade, que, quando na infância e adolescência é um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI. As taxas de sobrepeso e obesidade nesta faixa etária aumentaram em todo o mundo, de menos de 1% em 1975, para quase 6% em meninas e quase 8% em meninos em 2016. Em números absolutos, cresceu mais de dez vezes: de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2025, o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões. Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no país. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso, 9,38% com obesidade, e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso, 9,53% são obesos e 3,98% têm obesidade grave.

Para a nutricionista e fitoterapeuta Adriana Stavro, o crescente número da obesidade na infância e adolescência está associado ao surgimento de comorbidades, anteriormente consideradas doenças "adultas". Estas condições incluem, apneia do sono, diabetes mellitus tipo 2, asma, esteatose hepática (doença hepática gordurosa não alcóolica), doença cardiovascular, hipercolesterolemia, colelitíase (cálculos biliares), resistência à insulina, problemas de pele, hipertensão, anormalidades menstruais, equilíbrio prejudicado e problemas ortopédicos.

Embora a maioria das condições físicas e de saúde associadas à obesidade sejam evitáveis, e possam desaparecer quando uma criança ou adolescente alcança um peso saudável, algumas continuam tendo consequências negativas ao longo da vida adulta.

É importante entender que o sobre peso e a obesidade pode atingir profundamente a saúde física, o bem estar social, emocional e a autoestima dos adolescentes

Complicações emocionais e sociais

● Estudos mostram que crianças com sobrepeso ou obesas, tem quatro vezes mais probabilidade de ter problemas de aprendizado em relação seus pares com peso normal.

● A obesidade tem sido descrita como sendo uma das condições mais estigmatizastes, e menos socialmente aceita da infância.

● Crianças e adolescentes obesas são excluídas de atividades competitivas na escola.

Estas consequências sociais negativas contribuem para dificuldades permanentes no controle do peso, baixa autoestima, baixa autoconfiança e imagem corporal negativa de muitas crianças. Elas acabam retirando-se para lugares seguros, como suas casas, onde podem buscar comida como um conforto e, com isso, fazem menos amizades, interagem menos e ficam ainda mais sedentárias e, com isso, aumenta a obesidade.

Como prevenir?

● Siga uma dieta balanceada

● Exercite-se

● Coma no mínimo 400g de frutas, legumes e verduras ao dia

● Coma grãos como lentilhas, grão de bico e feijões regularmente

● Beba água

● Dormir 8 horas por dia ajuda a controlar a obesidade

● Evite bebidas açucaradas

● Mastigue bem os alimentos

● Use óleos vegetais insaturados

● Escolha carnes brancas sem pele e gordura (frango, peixe, porco)

● Limite a quantidade de sal e condimentos com alto teor de sódio e priorize o uso de ervas frescas

● Evite alimentos com alto teor de sal, gordura e açúcar

Pessoas cujas dietas são ricas em sódio (incluindo sal) têm maior risco de hipertensão, o que pode aumentar o risco de doenças cardíacas e derrames. Da mesma forma, aqueles cujas dietas são ricas em açúcares, têm maior risco de ficarem com sobrepeso ou obesos, e um risco maior de cáries. Pessoas que reduzem a quantidade de açúcar em sua dieta, também podem reduzir o risco de doenças não transmissíveis como diabetes e hipertensão.

Sport Life
Compartilhar
Publicidade
Publicidade