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Fevereiro laranja alerta para combate e cuidados com leucemia

Existem mais de 12 tipos da doença, que acomete a medula óssea e afeta os glóbulos brancos

21 fev 2019 - 15h19
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Além do fevereiro roxo, que faz alerta para lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer, esse mês também recebe a cor laranja para a conscientização da leucemia, uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente de origem desconhecida.

Dados de 2018 do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam 10.800 novos casos da doença, com 5.940 homens e 4.860 mulheres afetadas.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).

Em novembro do ano passado, a atriz Susana Vieira, de 76 anos, revelou que fez tratamento para leucemia, contra a qual lutou por três anos. A assessoria de imprensa dela afirmou que a doença está "totalmente estabilizada".

Confira a seguir os sintomas da leucemia, tratamento e outros cuidados de acordo com a hematologista Carla Maria Boquimpani, do Centro de Excelência Oncológica, unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro.

O que é leucemia?

Leucemia é um tipo de câncer no sangue que acomete a medula óssea, onde são fabricadas as células sanguíneas. Quando uma delas não atinge a maturidade, sofre uma mutação genética que a transforma em células cancerosas. Elas acabam sendo maioria, substituindo as células saudáveis.

Quais são os sintomas da leucemia?

Na leucemia aguda, o paciente se sente muito mal, apresenta fraqueza, sangramento e vômito. Na crônica, a ausência de sintomas pode durar muito tempo.

Quais são os fatores de risco para leucemia?

Segundo o Inca, as causas da leucemia ainda não estão definidas, mas suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença. Por exemplo: o tabagismo estaria associado à leucemia mieloide aguda. Carla afirma que há um critério para fazer um prognóstico. A mieloide apresenta o risco Sokal que avalia o risco pelo tamanho do baço, idade e número de plaquetas. A linfoide apresenta alteração molecular em exames de sangue e isso pode ser usado como fator de risco.

Quais são os tratamentos para leucemia?

No tipo linfoide crônica, o paciente pode fazer apenas acompanhamento. Quando o tratamento é necessário, pode ser venoso ou oral. Na mieloide crônica, todos devem fazer tratamento, até o fim da vida, com medicamentoso oral com comprimidos, e as respostas costumam ser excelentes. Já o tratamento da leucemia aguda dura em torno dois anos, dependendo do tipo de melhor prognóstico. Caso ele seja muito bom, são cerca de dois anos mesmo. Se for de risco alto, será preciso fazer transplante. O acompanhamento do paciente apóa remissão da leucemia aguda deve ser de até cinco anos.

Quais os cuidados necessários durante o tratamento?

A quimioterapia reduz a imunidade do paciente, então a recomendação é que ele evite lugares públicos, principalmente na leucemia aguda. A crônica não demanda muitas restrições.

É possível prevenir a leucemia?

Uma eficaz forma de prevenção é o diagnóstico precoce por meio da realização de exames periódicos anuais, especialmente o hemograma.

Leucemia tem cura?

A leucemia crônica não tem cura. A aguda tem.

Estadão
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