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Câncer de pele: ação na Avenida Paulista conscientiza sobre doença

Diagnóstico precoce aumenta as chances de cura

8 dez 2018 - 13h11
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O câncer de pele é o mais comum no Brasil e, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 165.580 novos casos do grupo não melanoma devem ser registrados entre 2018 e 2019. Esse tipo de tumor é o mais frequente e também com alto potencial de cura, principalmente se for diagnosticado na fase inicial.

Caracterizado pela presença de muitas pintas na pele, o não melanoma tem evolução mais leve, mas pode levar à morte se não for cuidado. O tipo melanoma é raro, afeta 3% dos brasileiros e, se não for detectado e tratado, pode levar à metástase - quando o tumor se espalha para outros órgãos.

A fim de conscientizar sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vai promover atividades educativas neste domingo, 9, na Avenida Paulista, no calçadão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre 10h e 13h.

Em parceria com a Fiesp, via programa +Saúde, a iniciativa também terá um Papai Noel laranja - em alusão à campanha #DezembroLaranja - com distribuição de brindes e espaço para crianças.

Risco do câncer de pele

A dermatologista Jade Cury Martins, da SBD, explica que o câncer de pele tem múltiplos fatores, sendo um dos principais, a exposição solar. Neste caso, leva-se em conta a exposição acumulada ao longo da vida e a intermitente, com períodos agudos e queimaduras. O histórico familiar também é considerado como fator de risco, embora a doença não seja genética.

A especialista afirma que pessoas com a pele e olhos mais claros, além de ruivas, têm risco aumentado de ter câncer de pele se comparadas com as negras. A explicação está na melanina, que atua como um protetor natural. "Mas nem por isso o negro não terá [a doença]", disse Jade.

Proteção

Além do protetor solar, que deve ser usado até em dias nublados, a dermatologista indica o uso de roupas com filtro UV, mangas compridas, chapéus de aba larga e óculos com filtro UV. Orienta-se também a evitar exposição solar entre 10h e 16h, período de maior incidência dos raios.

O protetor solar, segundo ela, deve ter, no mínimo, fator 30. Ele deve ser reaplicado com frequência, a cada duas horas ou após entrar na água.

Jade faz algumas indicações de acordo com a idade. "Para bebês, o ideal é usar protetor solar a partir dos seis meses. Antes disso, a proteção se dá pelo uso das roupas específicas e da permanência na sombra", diz.

Em pessoas mais velhas, o que muda é a cosmética do protetor. "A pessoa idosa tem a pele mais seca, então aceita produtos mais oleosos." Quanto a peles brancas e negras, o cuidado é o mesmo.

Atenção

Jade afirma que é sempre bom consultar o dermatologista pelo menos uma vez ao ano, mesmo quando não há problemas aparentes. A visita deve ser imediata caso a pessoa perceba alguma mancha ou alteração em pintas. Ela indica fazer autoexame também, com atenção ao aparecimento de pintas nas palmas das mãos e dos pés. Com isso, ela reforça a importância das campanhas e das ações que ajudam as pessoas a cuidarem melhor da própria pele.

Estadão
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