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Apps ajudam a emagrecer, mas não substituem acompanhamento profissional

Ferramentas levam em consideração apenas dados básicos, sem atenção ao comportamento do usuário

23 jan 2020 - 14h40
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Aplicativos com planos alimentares e de exercícios físicos podem ajudar quem quer emagrecer, mas tem uma rotina agitada ou não tem muito dinheiro para pagar serviços especializados, como personal trainner e até mesmo uma academia.

Além de dietas, os apps oferecem atividades que podem ser feitas na sala de casa, às vezes em menos de 30 minutos e sem necessidade de aparelhos.

Embora sejam úteis e ajudem no processo de aderir a uma vida mais saudável, é preciso ter cautela e sempre buscar a orientação de um profissional.

Essas ferramentas digitais funcionam a partir da inserção de dados básicos do usuário: nome, idade, peso, altura e objetivos. Elas não levam em consideração o comportamento alimentar da pessoa e outros fatores que influenciam na perda de peso. E essas informações subjetivas são essenciais.

"Esses aplicativos podem influenciar negativamente em transtornos alimentares já instalados, principalmente se houver divisão de alimentos rotulados como 'pode' ou 'não pode'. Somente um profissional saberá orientar e personalizar a alimentação para aquela pessoa", alerta a nutricionista esportiva Jacqueline Moniz, da ON Body Evolution.

Ainda assim, ela vê pontos positivos na utilização desses apps. "A vantagem é ter acesso a um mínimo de informações e sugestões agrupadas num lugar só, diferente de se pesquisar tudo aleatoriamente em sites de busca na internet. Outra vantagem é o incentivo à alimentação saudável e à prática de exercícios", diz a especialista.

Sem desculpa para fazer atividades físicas

No ano passado, a bancária Deziane Sabino, de 25 anos, resolveu treinar em casa porque estava sem condições de pagar uma academia. Ela testou diversos aplicativos que trazem planos de exercícios para ver de qual gostava mais. "São muito fáceis de usar, tem vídeos que mostram como faz, então não tinha desculpa para não fazer", comenta.

Quanto aos apps de dieta, ela utiliza mais para registrar a quantidade de calorias ingeridas. Antes disso, ela consultou uma endocrinologista, que a orientou sobre alimentação. "[Com o app] Você tem noção se comeu demais ou de menos, se você ainda pode comer ou se tem de passar fome no resto do dia", brinca Deziane.

Mas ela sabe que passar fome não é uma opção e se deu conta disso depois de, principalmente, buscar ajuda profissional. E ela costuma recomendar as duas vertentes. "Em relação à atividade física, eu estimulo a baixar os apps porque são fáceis de fazer algo, nem que seja por cinco minutos. Para quem nunca fez [atividade física], é necessário sempre um profissional porque qualquer movimento errado pode lesionar", diz.

Cuidado com aplicativos de dieta

Para a nutricionista Jacqueline, "não existe personalização de dieta por aplicativos", uma vez que essas ferramentas não possuem métricas para avaliar o histórico da pessoa com a alimentação, como ela enxerga os alimentos e lida com eles na hora de se alimentar. Aspectos emocionais também são significativos no ato de comer, o que leva ao ganho ou perda de peso.

"A grande questão é que o aplicativo não leva em consideração as principais dificuldades comportamentais do cliente, que pode ser desde uma leve ansiedade até uma depressão mais profunda", ressalta a especialista. Ela indica que os apps sejam utilizados apenas quando a pessoa já estabeleceu uma boa relação com a comida e tem um acompanhamento com profissional. Nesse caso, a ferramenta serviria apenas para controle ou calcular as refeições.

Ciente desse alerta, confira a seguir alguns aplicativos, todos grátis, que podem te ajudar no processo de emagrecimento ou de mudar para uma vida mais saudável.

Estadão
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