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AstraZeneca prevê verificar eficácia da vacina de Oxford até o fim do ano se testes forem retomados 

Testes foram interrompidos há dois dias após participante registrar reação adversa grave; imunizante estava em testes em vários países, incluindo o Brasil

10 set 2020 - 10h44
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LONDRES - O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse nesta quinta-feira, 10, que a empresa poderia saber até o fim do ano se sua vacina experimental protegeria as pessoas da covid-19, desde que a retomada dos testes da farmacêutica britânica fosse permitida.

A empresa suspendeu, há dois dias, a última fase dos testes depois que uma doença foi detectada em um dos participantes do estudo no Reino Unido. Foi relatado que o paciente sofria de sintomas neurológicos associados a um raro distúrbio inflamatório da coluna, a mielite transversa. Não há registro de reações adversas em voluntários no Brasil.

Soriot disse, durante teleconferência que a Organização Mundial da Saúde (OMS), identificou a vacina que está desenvolvendo em parceria com a Universidade de Oxford como a mais promissora no combate ao novo coronavírus. Ele também afirmou que era muito comum a suspensão de um ensaio por esse tipo de ocorrência.

O CEO disse ainda que a AstraZeneca não tinha conhecimento do diagnóstico do voluntário no ensaio, acrescentando que não estava claro se ele tinha mielite transversa e que mais exames eram necessários. Soriot afirmou ainda que o diagnóstico será apresentado a um comitê de segurança independente e que deve ser capaz de dizer à empresa se os testes podem ser retomados.

O imunizante estava em testes em vários países, como Brasil, Estados Unidos, África do Sul e Índia. O acordo do governo brasileiro com a AstraZeneca garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses seriam entregues entre dezembro e janeiro e 70 milhões, ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021. Nessa quarta-feira, 9, o Ministério da Saúde disse que o acordo com a farmacêutica não seria alterado.

Estadão
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