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7 dicas para a saúde mental no retorno aos escritórios

Fundadora e CEO da BeeTouch, a psicóloga Ana Carolina Peuker elencou 7 dicas pra a saúde mental no retorno ao escritório no pós-home office.

23 nov 2021 - 07h30
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A dra. Ana Carolina Peuker elencou 7 dicas para a saúde mental no retorno ao escritório depois do home office
A dra. Ana Carolina Peuker elencou 7 dicas para a saúde mental no retorno ao escritório depois do home office
Foto: Bee Touch / Divulgação

Mais de um ano de trabalho remoto já se passou e, com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no país e a consequente redução de números de casos e óbitos provocados pela doença, já torna-se possível desenhar um cenário de volta ao ambiente de trabalho, nem que seja ao menos por alguns dias da semana. Porém, depois de tantas mudanças, uma incerteza permeia a mente dos colaboradores: como será essa volta?

Para ajudar com as dúvidas e com mais um período de adaptação em que nossas vidas vão passar, a dra. Ana Carolina Peuker, CEO e fundadora da BeeTouch, mental healthtech que mensura riscos relacionados à saúde mental em empresas e instituições por meio da tecnologia, afirma que não será tão simples assim passar por outro processo de mudanças, e por isso, a profissional dá 7 dicas para preparar a saúde mental para o tão aguardado retorno.

1. O medo da volta é normal

“Tudo o que é novo necessita de um espaço de tempo para adaptação, foi assim no início da pandemia, e não será diferente agora. Depois de tanto tempo em casa, sentir receio em retornar é absolutamente normal, já que envolve questões como o medo da infecção pela doença, desfazer os laços entre filhos, casa, família e trabalho, e das situações da rotina do ambiente corporativo.”

2. Dê tempo ao tempo

“A volta ao trabalho presencial traz dificuldades de transição e é preciso respeitar o seu tempo, limites e espaços, tanto em casa, no momento da separação dos filhos, animais de estimação e ambiente, mas também com a vida social, que querendo ou não, ficamos destreinados. As pessoas estão mais sensíveis a palavras, a tons de voz, contrariedades, estímulos, e assim como tivemos um período para se adequar ao home office, também vamos precisar desse tempo para o presencial, e é muito provável que a vida profissional, bem como as demais esferas de nosso cotidiano, não retornem ao padrão de funcionamento anterior à crise pandêmica. Aceite a realidade como ela é, sem desejar que tudo seja igual ao que era antes. Olhe para frente levando todos os aprendizados que você teve, não se fixe no passado.”

3. Prepare a mente antes do retorno

“Uma das melhores formas de começar a se adaptar é em casa. Ajustar a rotina como se já estivesse no escritório é uma boa forma de sentir menos o impacto no retorno, para que a ansiedade seja diminuída quando a ida ao trabalho acontecer. Começar a seguir os horários na sua rotina parecidos com aqueles que pratica no modelo presencial de trabalho é uma ótima dica, e claro, entender que é muito possível não dar conta de todas as atividades, assim como antes do período de pandemia. Conversar com os filhos sobre essa mudança e preparar os familiares também é importante para obter a compreensão necessária nos momentos de ausência ou maior demanda.”

4. Busque ajuda profissional

“Muitos colaboradores buscaram auxílio  junto a profissionais de saúde mental  quando a pandemia começou.É importante continuar o tratamento para lidar com essa transição da melhor forma, caso sinta que precisa de ajuda. Lembre-se que o corpo e a mente nos dão sinais de que as coisas não vão bem, fique atento a isso e busque um profissional que esteja apto tecnicamente para lhe apoiar.”

5. Empatia com o próximo também ajuda

“Rever os colegas, voltar a trabalhar em equipe, dividir angústias, medos e a rotina do dia a dia será agregador para o ambiente presencial e pode fazer com que você deixe um pouco de lado as suas próprias dificuldades.”

6. Confie na sua capacidade de resiliência

“Sim, nós temos essa capacidade de nos reinventar. A maior prova disso foi a adaptação do mundo físico ao virtual, em março de 2020, quando o escritório foi transportado para o home office. Como seria possível administrar a casa, filhos, trabalho e uma pandemia global? E nós sobrevivemos, e é hora de confiar na sua própria capacidade de se reinventar, mais uma vez.”

7. Conte com a tecnologia para melhorar a saúde mental

“A tecnologia não só pode como deve ser a nossa aliada quando falamos de prevenção de problemas mentais promoção ao bem-estar. Você já deve ter percebido o aumento da oferta de atendimentos psicológicos online em virtude da pandemia. Um dos resultados possíveis disso, que poderemos confirmar daqui a algum tempo, é um aumento do número de pessoas que estão fazendo psicoterapia e cuidando da sua saúde mental no mundo todo (sem barreiras geográficas, de deslocamento, menor custo, entre outros benefícios). Essa é apenas uma das formas que a tecnologia tem de prevenir o agravamento de problemas psicológicos e promover, de maneira consistente, estratégias para o cuidado em saúde mental.”

Recursos digitais voltados ao autocuidado psicológico mostram o seu potencial de alcançar mais pessoas com menos recursos do que os cuidados presenciais - além de quebrar algumas das barreiras atuais que impedem as pessoas de acessar os cuidados de saúde mental (como o estigma, por exemplo). 

Além das consultas por videochamada, diagnósticos digitais, aplicativos de monitoramento do humor e outros recursos online e remotos podem tornar a prevenção aos problemas mentais mais dinâmica, flexível e no tempo certo.

Ainda que haja uma crescente oferta de recursos e programas digitais disponíveis para o uso geral da população, há sempre que se ter cuidado com aqueles que foram construídos com base em evidências científicas – e que podem, efetivamente, contribuir para a saúde mental dos seus usuários.

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