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Inglesa que sofreu 10 abortos em 4 anos consegue ter filhas

Shona Twoler, de 24 anos, teve episódios traumáticos ao perder 10 filhos em um curto espaço de tempo até conseguir dar à luz três meninas

30 jun 2015 - 11h39
(atualizado às 11h48)
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Para muitos casais, ter um filho não é fácil e, no caminho para realizar o sonho da maternidade, há diversos traumas envolvidos. A inglesa Shona Twoler, de 24 anos, e o noivo, Shayne Fairweather, viveram isso na pele por quatro anos, período em que sofreram com a morte de dez filhos até conseguirem formar sua família como ela é hoje. Eles são pais de três meninas: Grace, de quatro anos, Ava, de três anos e a caçula Isla, de sete meses.

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Shona com as duas filhas mais velhas: Grace e Ava
Shona com as duas filhas mais velhas: Grace e Ava
Foto: @ShonaTowler / Twitter / Reprodução

Entre 2008 e 2012, Shona sofreu com 10 abortos de fetos entre oito e 22 semanas. Entre eles, dois chegaram a nascer, mas vieram ao mundo mortos. Estes bebês foram batizados de Alex e Jack e, todos os anos, os pais acendem uma vela em comemoração ao aniversário deles.

Em entrevista ao site inglês Mirror, Shona contou a experiência de seu terceiro aborto que, segundo ela, foi o pior momento de todo este período de tentativas. "Eu estava grávida de 16 semanas, comecei a sangrar, fui para o hospital e no ultrassom viram que não havia mais batimentos cardíacos. Foi horrível. Os médicos me disseram que eu poderia esperar que ele saísse naturalmente ou fazer uma cirurgia. Escolhi o primeiro jeito, mas uma semana depois nada havia acontecido. Marquei então a cirurgia para a manhã de uma segunda-feira", contou.

"Mas, na madrugada de domingo, acordei em uma piscina de sangue. Mais sangue do que jamais tinha visto na minha vida. Meu noivo me levou ao hospital e, no caminho, desmaiei duas vezes por causa da dor e o sangue não parava de sair. Entrei em cirurgia, que era para ser simples e durar 15 minutos, mas meu bebê estava preso e o procedimento chegou a uma hora. Tive que fazer transfusão de sangue porque minha contagem sanguínea estava perigosamente baixa. Depois disso, tive depressão e, por muito pouco, não tentei tirar minha própria vida", disse.

A inglesa contou ainda que todas as vezes em que ficava grávida se sentia "absolutamente apavorada" e não conseguiu relaxar e curtir nenhum destes momentos das gestações das três filhas. Com uma história tão difícil, o casal pensou em desistir. "Antes de engravidar da minha filha mais velha, nós decididmos que seria a última tentativa. Ainda bem não fizemos isso. Segurá-las nos braços é uma coisa que não consigo descrever".

Os traumas de todo este processo abalaram a relação de Shonda com as filhas logo após o nascimento. Ela teve depressão pós-parto quando a filha mais velha chegou e vivia em pânico de que algo acontecesse com elas, por isso, todas as meninas dormem com monitores. "Apesar das dificuldades, eu diria às mulheres que passam por isso para nunca desistirem. Parece clichê, mas há uma luz no fim do túnel. É muito difícil e, por muitas vezes, nosso relacionamento sofreu com isso, mas sempre víamos pelo outro lado".

Fonte: Terra
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