PUBLICIDADE

Arac Masin: descubra como é o casamento andino

10 jul 2013 - 16h19
(atualizado às 16h19)
Compartilhar
Exibir comentários

Nada de altar, nem juiz. O matrimônio andino, ou Arac Masin, é realizado em meio à natureza. A cerimônia milenar é presidida por um sacerdote andino, que invoca os Apus, espíritos das montanhas; a Pachamama, a mãe terra; a Mama Koka, a mãe coca; as Chaskas, estrelas; os Aukis e Achachilas, luz; e o Wilka Nina, o fogo sagrado, para celebrar a união eterna entre o casal.

O ritual realizado pelos antigos peruanos, no entanto, é uma cerimônia simbólica sem valor legal. “Adorei. Senti algo mágico. Foi muito especial poder celebrar nosso casamento assim”, afirmou Laura de Cardeña, que realizou o ritual em junho. Ela e o marido, Wilfredo de Cardeña, se casaram no civil em dezembro de 2012, mas decidiram fazer seus votos da forma tradicional no Peru.

Os dois trabalham em hotéis da região de Águas Calientes, povoado mais próximo do santuário arqueológico de Machu Picchu, mas a celebração não é restrita para os locais. Turistas que desejam se casar ou renovar seus votos podem fazer uma celebração andina promovida pelo Sumaq Machu Picchu Hotel.

Com roupas tradicionais, revestido por uma capa colorida, o casal é recepcionado pelo papa mensaqoc, o sacerdote andino, e uma assistente. A celebração é feita em quéchua, língua dos incas, e conta com diversos elementos, como flores, sementes, pedras, penas, velas, folhas de coca, incensos e essências.

Após a benção inicial, a noiva recebe uma coroa de flores. Em seguida, o casal vai até uma espécie de cabana, onde permanece a maior parte da celebração. O sacerdote realiza orações e espalha incenso ao redor dos noivos. A mão dos dois é amarrada enquanto eles repetem as palavras do papa mensaqoc. Antes de finalizar a cerimônia, o casal ajoelha e se abaixa no chão mantendo as cabeças unidas, enquanto o sacerdote dá a benção final à união.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade